Publicado em 21/05/2019 às 05:15:25
A Record deixou projetos de época e bíblicas de lado e voltou a investir em uma novela contemporânea. Nesta terça-feira (21), a partir das 19h45, estreia “Topíssima”, de Cristianne Fridman. Se no mundo real o feminismo tem sido debatido com tamanha ênfase, na nova trama das sete da emissora não será diferente.
O folhetim trará um enredo cercado de ação, humor e romance. A principal intenção da autora é falar do empoderamente feminino, além, é claro, discutir temas relacionados ao dia-a-dia das pessoas, como tráfico de drogas.
Sophia (Camila Rodrigues) é empresária independente e cheia de sucesso. O romance não faz o seu estilo, pois se dedica ao máximo ao trabalho. Num mundo machista, passou a criar resistência contra namoros e isso a fez ficar bem próxima de assumir a presidência do Grupo Alencar. Porém, para chegar ao cargo máximo da empresa, recebe uma determinação da mãe. Mas isso vamos contar mais adiante.
Paulo Roberto (Floriano Peixoto), tio de Sophia e vilão da trama, não gosta nada da história de ver a sobrinha perto de assumir os negócios. Ele é meio irmã de Lara (Cristiana Oliveira), uma mulher rica e fútil. Vive pelo dinheiro e não suporta o jeito desatado da filha.
Paulo foi quem cuidou do grupo, pois a perua não entende nada de negócios. Amargurado, não se conforma de ter sido rebaixado. Além disso, é um homem que cuida de uma rede de tráfico de drogas com o policial Pedro (Felipe Cardoso) e o químico americano Taylor (Emílio Orciollo Netto). Os três criaram uma nova droga chamada Veludo Azul, que promete agita o enredo.
Na favela do Vidigal vive milhares de pessoas e Antônio (Felipe Cunha). Trabalhador honesto, tem como profissão ser taxista – tipo o Carlão (Francisco Cuoco) de “Pecado Capital” (1975) – e seu estilo é rústico e até um pouco machista. Precisou crescer rápido para tomar conta da mãe, Mariinha (Silvia Pfeifer), proprietária de um restaurante chamado “Cantinho da Laje”, e da irmã Gabriela (Rafaela Sampaio).
Como bom taxista, roda o Rio de Janeiro inteiro para atender os seus clientes. Uma dessas corridas, tudo mudará na sua vida. O grande amor estará bem no banco de passageiro.
Antônio e Sophia não se gostam de primeira, no melhor estilo “A Megera Indomada”, de William Shakespeare, mas depois eles vivem um amor intenso e que causará rusgas em diversos personagens.
Lembram da imposição que Sophia aceitou para poder se tornar presidente do Grupo Alencar? Pois bem, a protagonista terá que se casar dentro de um ano. Apaixonada, decide que será com Antônio, deixando Lara desesperada, principalmente porque descobre que Mariinha foi o grande amor do passado de seu atual marido, Carlos (Maurício Mattar).
Paulo Roberto fará de tudo para que o casal se separe e fiquem como responsáveis pelas ações do tráfico de entorpecentes em diversos locais da Cidade Maravilhosa. Ele contará com a ajuda de sua assistente Yasmin (Juliana Didone), uma mulher cercada de mistérios.
“A história traz uma faceta do empoderamento feminino. Nossa protagonista, Sophia, é uma mulher vítima do empoderamento porque ela pensa que para ser respeitada, ouvida, ter sua independência e liberdade, necessita estar no controle absoluto, estar acima de todos. É um empoderamento resultado de uma atitude defensiva. Não é fácil para uma mulher exercer cargos de comando e ser respeitada pelo seu trabalho. O cuidado é não cair nesta armadilha de ter que se isolar e agir como se o outro fosse um inimigo a se derrubar”, explicou Cristianne Fridman para o R7.
Rudi Lagemann é responsável pela direção da novela e contou ao portal da Record como é gravar tantas cenas em externas.
“Hoje em dia, filmar nas ruas, praias e logradouros públicos da cidade do Rio de Janeiro exige uma complexa organização. Tanto pela questão da mobilidade urbana, sobrecarregada pelo trânsito, como pela questão de segurança, o que acontece em todas as metrópoles do país. No Vidigal, tivemos uma acolhida muito afetuosa da comunidade e da associação dos moradores. Cenas específicas foram feitas lá e outras foram transferidas para a nossa cidade cenográfica, que repete com êxito as características do Vidigal”, conta o diretor geral.
“Topíssima” pode ser uma oportunidade para o retorno definitivo das produções contemporâneas da Record.
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