Publicado em 07/01/2016 às 17:00:42
"Mulher, negra e comunicadora". É assim que Rita Batista se define em suas redes sociais.
Com bagagem nacional, tendo apresentado na Band os programas "Muito Mais" e "A Liga", Rita Batista volta agora à televisão baiana, onde irá apresentar o "Bom Dia Bahia", jornal matinal da TV Aratu, afiliada do SBT no estado.
Sua estreia ocorrerá no dia 22 de fevereiro, e ela promete investir no jornalismo de serviço, sua marca desde o início da carreira.
Em entrevista exclusiva para o NaTelinha, a primeira como contratada da casa, Rita fala sobre sua volta para Salvador, concorrência e sobre seu tempo na Band em São Paulo. "Tem espaço pra todo mundo. Vai ser bem bom. Minha expectativa é altíssima", afirmou a jornalista.
Confira:
NaTelinha - Você estava fora da TV desde a Band, em 2014. Por que você aceitou o convite da TV Aratu e para esse projeto novo nas manhãs?
Rita Batista - Pois é, eu voltei para Salvador, melhor fazer essa retrospectiva senão as pessoas se perdem. Eu voltei para Salvador efetivamente em 2014 para fazer a campanha, voltei para São Paulo e lá tive uma perspectiva, que me foi oferecida outra, e eu recusei. No ano de 2014, em maio, foi o ano dos 15 anos da rádio Metrópole. E em 2015, quando defini mesmo, e eu voltei para a Metrópole onde já havia trabalhado durante sete anos. Continuei fazendo rádio, adoro fazer rádio na Metrópole e no meio do ano passado, a gente começou a conversar, uma possibilidade... O que seria, o que poderia ser... A TV Aratu tem esse conceito de andar na contramão do mercado, enquanto os outros estavam demitindo, a Aratu estava admitindo, ainda está admitindo.
E aí vamos conversar, o que pode ser feito. O que faria, o que não faria. Um encontro aqui, um encontro ali. Definimos que havia a possibilidade e pensávamos do mesmo jeito em relação a produto de televisão com jornalismo. E daí, enfim, eu esperei as mudanças da casa, e no final do ano passado, finalmente afirmamos. E falei, "vamos voltar a fazer o 'Bom Dia'". Já é um programa clássico, mas estamos lutando por um projeto que é novo, que tem a ver com a minha forma de trabalhar no jornalismo, que é menos formal, com conteúdo mais voltado para o serviço, tratando a notícia como uma forma mais célere. Com o telespectador, o ouvinte, que ele nos traga imagem, a interatividade.
NaTelinha - E vai ser do teu jeito?
Rita Batista - Do meu jeito e do jeito de quem está assistindo.
Rita Batista - 22 de fevereiro, depois do horário de verão.
NaTelinha - Você vai para um horário onde tem o "Bom Dia Brasil" e também vai concorrer com sua amiga, Jéssica Senra, da Record Bahia. Como você vê? É uma respeitosa concorrência...
Rita Batista - Amigos, amigos, negócios à parte, né? Mas nem conversamos, nem tivemos tempo. Cada um tá defendendo sua emissora, seu emblema e seu público. Mas é absolutamente respeitoso, disputando a mesma fatia do mercado. É coisa do jogo.
NaTelinha - Melhor que sejam amigas, né?
Rita Batista - Eu acho, eu acho. Trabalhamos nos mesmos lugares, inclusive na mesma época, mas temos linguagens diferentes. Tem espaço pra todo mundo. Vai ser bem bom. Minha expectativa é altíssima.
NaTelinha - Pra vencer?
Rita Batista - Pra vencer, super! Jéssica está aí há um tempo fazendo esse trabalho e conquistou pelo esforço dela. Estou fora da TV da Bahia há um tempo e temos que conquistar isso. E televisão não depende só da pessoa.
NaTelinha - Falando em conteúdo, qual será a prioridade?
Rita Batista - A minha prioridade no jornalismo sempre foi serviço. Em que as pessoas sejam donas, pra que tenham a informação pra que possam lidar com a vida dela. Não é assistencialismo. Possa saber seus direitos, deveres. A prioridade é basicamente essa. Tenho isso como norte e quero trazer isso. Serviço, quero trazer bastante para o "Bom Dia". Atualidade... Precisamos saber o que está acontecendo, o que vai acontecer, o que tem possibilidade. Informações do trânsito, serviços da cidade, com a interatividade e possibilidade de que o cidadão, telespectador seja nosso transmissor de notícias também. Um ônibus quebrado, engarrafando tudo, que ele mande, quero ter a informação disso. A imagem, às vezes, o trânsito, disposição da equipe, não favorece e quero que o público faça o jornal junto comigo.
NaTelinha - Além disso, você também tem um projeto no site da Aratu. Gostaria que nos explicasse sobre ele.
Rita Batista - A ideia é fazer de novo o link com interatividade. Todas as emissoras, os canais de comunicação que tem essa possibilidade, precisam fazer link entre as mais variadas funções. Ao mesmo tempo, é canal de notícia, informação, a possibilidade do ouvinte ser o pauteiro. É tudo casado, interligado. E aqui também. Para não termos desperdício de conteúdo. Tá chovendo em Salvador, veja aí imagens de alguns pontos, a quantidade de pessoas desabrigadas, só o apuro de depois, quem tem esse tempo, a gente pode ver no online. A gente pode fazer esse link. Esse detalhe, que às vezes não dá tempo de contar na televisão, o online se encarrega disso e fazemos esse link.
NaTelinha - Você passou um tempo em São Paulo, na Band, onde você fez "A Liga" e o "Muito Mais". Te engrandeceu como jornalista e comunicadora?
Rita Batista - Foi ótimo. Foi um período ótimo porque eu fui pra lá convidada pela Band, e me transferiram, para fazer um programa de três meses para depois eu voltar pra cá. O "Muito Mais" era um produto de verão, mas durou 10 meses. No meio do caminho, teve "A Liga", e televisão só muda de endereço, é quase a mesma coisa. São as mesmas questões, os mesmos problemas, só mudar o lugar. Mas numa rede você vê como a coisa gira. No nacional tudo é muito capitalizado, cada um faz o seu mesmo.
Então fiz o "Muito Mais", entretenimento, depois fui para "A Liga", em julho de 2013 começamos a gravar, só que depois disso as reprises continuaram, então o ano de 2014 tinham muitas reprises. Ficou nessa. E foi o tempo de indefinição porque a temporada de 2014 só começou no final de 2014. Programa de temporada, pra mim, tem que ter uma definição de época, se não fica meio bagunçado. Enfim, tudo é experiência.
Se todos souberem o que fazer e como fazer, é o mundo ideal. Estamos caminhando pra isso, pra um entendimento. Todo mundo vai ser proativo e vai fazer que se beneficiem naturalmente beneficiem o outro também. E quando as pessoas entenderem o que é isso, aí a coisa vai continuar. Tá bagunçado, cheio de briga, confusão, guerra, catástrofe, e tal, é um sacode divino pra galera se ligar. Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Golpe anunciado Que luta Feliz Natal! Triângulo Corajosa Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do DIa Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Globo Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia
Daí, coincidiu também que meu casamento acabou quando a temporada acabou. Não tínhamos conversado sobre a renovação de contrato ainda. Foi tudo muito assim. A ideia era fazer e voltar, mas quando voltei, os investimentos estavam voltado para o Bacci (Luiz) e a ideia era trabalhar no programa dele, que não me identifico, mais policial. Falei: então gente, muito obrigada. Não é por nada, é uma inabilidade minha.
NaTelinha - Você tem alguma meta de Ibope? você vê isso?
Rita Batista - Eu não tenho uma meta porque não sei como estão os números hoje. Não sei quais são. E eu fiz TV aqui até 2011 mas a gente não tinha realtime, então esperávamos até a outra semana os gráficos. Então, é um negócio que estou engatinhando com essa nova tecnologia. Não sei quais são os números hoje e eu não sei como trabalhar com esse negócio. Se tá indo, subindo, voltando, mas é muita adrenalina. Preciso começar a fazer pra ver.
NaTelinha - Qual você acha que é tua missão no jornalismo?
Rita Batista - Minha missão na vida é me comunicar. Mas acho que a cada dia que passa minha missão na vida é essa, saber o que as pessoas precisam. Quando falo que minha forma de encarar jornalismo é essa, de trazer serviço. E o que há de disponível para elas no mundo. Elas precisam cada vez mais buscar informação para se tornarem autônomas para que não fiquem subjugadas a nada ou ninguém, como autoridade, chegar numa repartição pública e ser maltratada, não sofrer com a falta de informação. Minha missão é fazer isso.