Publicado em 24/03/2015 às 16:54:08
Com Thiago Forato
Um dos únicos remanescentes do ano passado no "CQC", Maurício Meirelles já começou 2015 se destacando.
Ele comanda o quadro “Encontro CQC Para Famosos Solteiros”, onde, utilizando o aplicativo Tinder, um artista marca um encontro acompanhado pelo programa. A atração repercute positivamente nas redes sociais.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, o humorista e publicitário falou sobre o formato e também comentou as mudanças que o "CQC" vem enfrentando.
Só para este ano, saíram Marcelo Tas, Dani Calabresa, Naty Graciano, Felipe Andreoli, Ronald Rios e Guga Noblat. Maurício Meirelles lamenta a saída dos amigos, mas diz entender: "Esse nosso mercado é assim mesmo: um dia você está num projeto, no outro dia você está em outro, outro dia está na geladeira, outro dia volta num projeto melhor". E demonstrou sua felicidade ao ser mantido: "Me senti bem prestigiado".
Meirelles também deu sua opinião sobre Dan Stulbach na apresentação: "O Dan precisa desse começo pra se adaptar. Daí uma vez adaptado e confortável, as pessoas vão começar a sacar o quanto ele é muito bom".
E falou sobre a apreensão pelos baixos índices de audiência. Para se ter ideia, nesta segunda (23) o "CQC" teve apenas 1,5 ponto de média. "Dá-lhe reuniões sobre como melhorar", comenta.
Confira a entrevista na íntegra:
NaTelinha - Um de seus quadros na nova temporada do "CQC" tenta arrumar um relacionamento para um artista através do aplicativo Tinder. O formato tem feito sucesso nas redes sociais. Como tem sido gravá-lo?
NaTelinha - No quadro, você se comunica com o convidado através do WhatsApp. Não acha que isso atrapalha a dinâmica com o "pretendente"? Ou o quadro pede que tudo seja tratado via aplicativos?
Maurício Meirelles - Acho que o Whatsapp hoje é bem mais forte e natural que o próprio telefone. Fazer a comunicação por ali, além de diferente, fica mais espontâneo. Fora a reação do artista com a mensagem, que é impagável.
NaTelinha - Como você viu as mudanças pelas quais o "CQC" passou do ano passado pra cá? Como foi se despedir de colegas que deixaram o programa?
Maurício Meirelles - Gosto muito dos colegas que saíram. Sou muito amigo de todos. Fiquei apreensivo no começo, mas creio que a maioria está feliz com seus projetos. Esse nosso mercado é assim mesmo: um dia você está num projeto, no outro está em outro, outro dia você está na geladeira, outro dia volta num projeto melhor. O que aconteceu no CQC, televisivamente falando, é muito normal. Pode acontecer comigo a qualquer hora também.
NaTelinha - Como se sentiu ao ser mantido no "CQC" para 2015?
Maurício Meirelles - Me senti bem prestigiado. Foi a forma de analisar que meu trabalho estava sendo bem feito, que as pessoas estavam gostando, tanto público quanto direção. Mas isso não pode deslumbrar. Esse é o segredo da TV: é saber que amanhã tudo pode mudar, pra melhor ou pior. Por isso tento me reinventar o tempo todo.
NaTelinha - O que está achando de Dan Stulbach na apresentação do programa?
Maurício Meirelles - O Dan está vivendo algo que eu vivi em 2011, quando entrei no CQC, só que 800 vezes mais turbulento: ele entrou em um projeto já consolidado, com integrantes já conhecidos. No começo toda mudança assusta, as pessoas são resistentes, preferem o jeito antigo. O Dan precisa desse começo pra se adaptar. Daí uma vez adaptado e confortável, as pessoas vão começar a sacar o quanto ele é muito bom.
NaTelinha - Qual foi o fato mais curioso ou engraçado que você tenha passado no período que você está no "CQC"?
Maurício Meirelles - Acho que todas as experiências que vivi no CQC foram muito boas: cacei tornado em Oklahoma, cobri a eleição do Obama, entrevistei presidentes, viajei o mundo todo, etc. Mas a coisa mais legal que já me aconteceu foi quando entrevistei o Will Smith. Assim que acabou a entrevista, ele veio trocar uma ideia comigo, me elogiando, dizendo que me achou muito engraçado. Ouvir isso de um ídolo foi demais.
NaTelinha - O "CQC" faz muito sucesso nas redes sociais, mas na audiência da TV não vem correspondendo. A que você credita isso? Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Que luta Feliz Natal! Triângulo Corajosa Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do DIa Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Globo Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia Frase do Dia
Maurício Meirelles - Aos novos tempos. A TV hoje vem caindo, não só o CQC. Temos internet, Tv a cabo, Netflix. Muito mais opções que existiam há 10 anos. Hoje, além de pensar num programa diferente, temos que também pensar em estratégias diferentes pra manter o cara assistindo, pra puxá-lo da internet, etc..
NaTelinha - Como é o clima nos bastidores diante da baixa audiência?
Maurício Meirelles - Igual toda empresa. Passou a meta, alegria. Está abaixo da meta, apreensão e dá-lhe reuniões sobre como melhorar. Não tem segredo.
NaTelinha - Você tem alguma ambição, como alguns de seus ex-colegas, de ter um programa próprio ou algo do tipo futuramente?
Maurício Meirelles - Com certeza. Sou inquieto e adoro me enfiar em projetos. Um programa seria algo incrível, mas vamos esperar o momento certo. Hoje estou com um canal de internet (https://www.youtube.com/user/mauriciomeirelles), que não para de crescer. Nesse canal do Youtube estão os vídeos do Facebullying, que é um grande sucesso. Esse quadro surgiu no meu show solo "Não Leve a Sério", que está rodando todo o Brasil. O "Facebullying" é um dos momentos de maior sucesso do espetáculo. Basta algum corajoso da plateia se dispor a abrir o próprio perfil do Facebook no telão e virar alvo de piadas. A ideia é mostrar para a pessoa que ela não precisa se levar tão a sério. Resolvi gravar, editar e sonorizar. Comecei a subir os vídeos em meu canal do Youtube e bombou. Além do facebullying, do quadro novo no CQC e de fazer shows pelo Brasil, estou com um DVD saindo do forno. Me formei em publicidade e também sou redator para algumas marcas.