Publicado em 15/12/2014 às 20:44:12
As emissoras abertas estão acusando as operadoras de televisão por assinatura de bloquear o sinal aberto quando instalam seus equipamentos nas casas dos assinantes. Já as TVs pagas dizem ser inviável a obrigação de carregamento das emissoras locais e redes nacionais abertas em suas programações.
Esse confronto de posições marcou a audiência pública realizada na última semana na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), em Brasília, com o objetivo de analisar o Projeto de Lei do Senado (PLS) 332/2014, que modifica a lei da TV por assinatura (Lei 12.485/2011) para obrigar a inclusão de canais abertos.
Segundo Marcos Tolentino, da Rede Brasil de Televisão (RBTV), as operadoras de TV a cabo cortam o sinal aberto quando instalam seus equipamentos nas casas dos assinantes, deixando essas residências sem acesso aos canais locais e mesmo às redes abertas nacionais. "Temos concessões públicas que dão a todos o direito de terem acesso a uma TV gratuita em casa. Mas esse acesso fica condicionado ao que a TV a cabo quer que seus assinantes assistam", afirmou.
Presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Oscar Vicente Simões afirmou que a obrigação de carregamento das emissoras abertas, como prevê o PLS 332/2014, afetará a sustentabilidade do setor e inibirá investimentos, impactando a arrecadação de impostos e a geração de empregos. "O projeto também cria insegurança jurídica, pois a quantidade de canais a serem carregados é incerta", avaliou o executivo.
No debate, Marcelo Bechara, representante da Anatel, afirmou que as TVs por assinatura, sejam a cabo ou por satélite (DTH, do nome em inglês direct to home), têm obrigação legal de manter a recepção do sinal aberto. Ele disse que enviará a denúncia feita por Tolentino ao setor responsável pela fiscalização, para as medidas cabíveis.
Bechara explicou que a tecnologia da TV a cabo permite a retransmissão de todas as 517 geradoras locais e das 14 redes nacionais. No sistema DTH, não há essa possibilidade, motivo pelo qual foram definidos na Resolução 581/2012 da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) critérios de carregamento que privilegiam as redes nacionais abertas.
Para permitir o acesso dos assinantes de operadoras por satélite às emissoras locais abertas, informou Bechara, está em estudo norma para obrigar as operadoras DTH a agregar, no equipamento que capta o sinal de satélite, antena de recepção do sinal local terrestre: "O sinal digital local seria captado pela mesma caixinha da TV por assinatura. Isso é tecnicamente possível e estamos trabalhando no assunto".
Oscar Simões lembrou que a TV paga tem 20 milhões de assinantes e, para implantar a proposta em estudo na Anatel, seria preciso trocar cada aparelho receptor, a um custo unitário de R$ 500, ou R$ 10 bilhões no total, o que inviabilizaria o serviço. Tolentino, por sua vez, ponderou que tem sido grande o prejuízo dos canais abertos, que não conseguem fazer com que suas programações cheguem aos 20 milhões de assinantes da TV paga.
Também presente à audiência, Flávio Lara Resende, representante do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), destacou a importância da rede nacional aberta e gratuita, mas disse não ter opinião formada sobre o projeto. Ele sugeriu a realização de outras audiências sobre o assunto, envolvendo mais segmentos.
Ao final da audiência, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) lembrou que, após o exame pela CCJ, o PLS 332/2014 seguirá para a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), para discussão de mérito.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Golpe anunciado
Que luta
Feliz Natal!
Triângulo
Corajosa
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do DIa
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia
Globo
Frase do Dia
Frase do Dia
Frase do Dia