Publicado em 29/12/2011 às 10:14:10
Já estamos nos últimos dias de 2011 e chegou a hora de relembrarmos os principais acontecimentos que marcaram a TV brasileira no ano que chega ao fim neste sábado (31).
2011 contou com várias estreias, coberturas jornalísticas da posse da presidente Dilma Rousseff, do casamento real e dos Jogos Pan-Americanos, polêmicas, contratações, mudanças de afiliadas, crises e gafes.
Para não esquecer de nenhum detalhe que marcou o ano, confira a retrospectiva do portal NaTelinha:
Janeiro
O trabalho na TV já começou intenso no primeiro dia do ano. As equipes jornalísticas das principais emissoras brasileiras focaram seus noticiários na cobertura da posse da presidente Dilma Rousseff. O destaque da cerimônia foi a então desconhecida esposa do vice-presidente Michel Temer, Marcela Araújo Temer (28), que se tornou um dos assuntos mais comentados pela imprensa naquela tarde.
Ao contrário dos anos anteriores, as emissoras optaram por estrear várias atrações em janeiro. Na Record, o destaque foi para a minissérie “Sansão e Dalila”. No SBT, foram ao ar a segunda temporada de “Solitários”, vencida pelo DJ André, e “Cantando no SBT”. O canal de Silvio Santos também estreou o reality “Se Ela Dança, Eu Danço”, programa que se envolveu em uma polêmica em dezembro. O título da atração foi requerido pelo cantor MC Leozinho, que acionou a justiça e obrigou o canal a não usar mais o título de sua música de maior sucesso. Já a Band estreou o “Mundo Segundo os Brasileiros” durante as férias do “CQC”. Porém, o formato da produtora Cuatro Cabezas não repetiu o mesmo sucesso do humorístico.
Mas sem dúvida, o maior número de estreias em janeiro foi promovido pela TV Globo. Entre as novidades estava o “Esquenta!”, programa de auditório de Regina Casé, regado a samba e pagode. A atração rendeu bons índices à emissora, garantiu edições especiais e foi mantida na programação de verão da rede carioca para 2012. Outra estreia foi a 11ª edição do “Big Brother Brasil”, que não teve a mesma repercussão das temporadas anteriores. A paulista Maria levou o prêmio de R$ 1,5 milhão para casa.
A teledramaturgia, que comemora 60 anos, também foi foco da Globo em janeiro. A emissora lançou três microsséries: “O Bem Amado”, “Amor em Quatro Atos” e “Chico Xavier”. Além disso, a novela “Insensato Coração” estreou na faixa das 21h, e o sucesso da década passada, “O Clone”, foi a escolhida para ocupar a faixa “Vale a Pena Ver de Novo”. No mesmo mês, era encerrado o contrato de Ana Paula Arósio com a Globo, após a atriz se negar a participar de produções do canal.
Fevereiro
Sem carnaval em fevereiro, a principal novidade na telinha foi a estreia do programa “Bem-Estar”, comandado pelos jornalistas Mariana Ferrão e Fernando Rocha na Globo. A atração, que leva aos telespectadores dicas de saúde e qualidade de vida, diminuiu ainda mais o tempo da programação infantil da “TV Globinho” e tirou audiência do concorrente “Hoje em Dia”, da Record.
Ainda na Globo, foi exibido o último episódio do seriado “Lost”, que por oito temporadas fez sucesso nas madrugadas do canal. “Amor & Sexo” e “Aline” ganharam novas temporadas, porém o seriado protagonizado por Maria Flor acabou sendo encurtado devido à baixa audiência. A novidade nas madrugadas foi a estreia do “Corujão do Esporte”, comandado por Tande, ex-jogador de vôlei.
Na Record, a novidade do mês foi a estreia de mais uma temporada do reality-show “Troca de Família”. O programa voltou a ser exibido na faixa nobre do canal, após a frustrada tentativa de emplacá-lo dentro do “Tudo é Possível”. Já no SBT, o clima foi de tensão no setor de jornalismo. Luiz Gonzaga Mineiro deixou a direção do departamento, após não conseguir colocar em prática as mudanças que planejava, assim como não elevar os índices de audiência do “SBT Brasil”.
Março
O mês foi de expectativa na Record. A rede de Edir Macedo estreou a adaptação brasileira de “Rebelde”, segunda trama da parceria com a Televisa. A novela mudou de horário várias vezes e perdeu público. Nos primeiros meses, registrou audiência próxima aos dez pontos, porém, com as mudanças, chegou a seis pontos em dezembro. A queda também foi registrada em outras praças, como Rio de Janeiro e Brasília, onde a trama de Margareth Boury era uma das maiores audiências da casa.
O carnaval na TV ganhou uma novidade: a transmissão do “SBT Folia”, que se juntou aos tradicionais “Globeleza”, “Band Folia” e “Bastidores do Carnaval”. Assim como a Band, a rede de Silvio Santos focou no carnaval baiano, tendo Celso Portiolli e Eliana como as principais estrelas da transmissão. E deu certo. O SBT superou a Band no Ibope, durante a cobertura. O carnaval também foi importante para Rachel Sheherazade, que foi contratada pela rede de Silvio Santos, após criticar a folia de momo na afiliada paraibana do canal. Meses depois, ela assumiria o principal jornal do SBT.
Em 11 de março, chegava ao fim a polêmica licitação do Clube dos 13 pelos direitos do Campeonato Brasileiro entre os anos de 2012 e 2014. E o processo acabou terminando em pizza. A RedeTV! anunciou a compra do evento, porém, quem levou mesmo foi a TV Globo, que negociou diretamente com os 20 clubes envolvidos e garantiu a transmissão pelos próximos anos.
Ainda em março, estreou a novela “Morde & Assopra” na faixa das 19h da Globo. Criticada por alguns e amada por outros, a trama que trazia robôs e dinossauros repetiu o bom desempenho da antecessora “Ti Ti Ti”. Já Hebe Camargo faria sua estreia na RedeTV! no dia 15 de março. Repetindo o formato clássico das últimas décadas, o programa “Hebe” tornou-se uma das maiores audiências da emissora, que continua tendo o “Pânico na TV” como seu carro-chefe. Por falar em RedeTV!, a emissora perdeu no mesmo mês a afiliada em Santos e Campinas, a VTV, que migrou para o SBT, após esta perder a TVB nas duas cidades, respectivamente, para Band e Record.
Abril
Como em todo ano, o mês de abril é marcado pela grande quantidade de estreias. E não foi diferente em 2011. A Globo estreou sua nova programação com “Tapas e Beijos”, ocupando o lugar do extinto “Casseta & Planeta”, a série “Divã”, a nova temporada do “Profissão Repórter” e o seriado dominical “Batendo o Ponto”. Enquanto “Tapas & Beijos” elevou a audiência deixada pelos Cassetas, a Globo viu sua audiência despencar com “Batendo o Ponto”, que foi cancelado pouco tempo depois e substituído pela sessão de filmes “Domingo Maior”.
O reality-show “Ídolos” também estreou em abril e mais uma vez não conseguiu emplacar a carreira do vencedor, neste ano, Henrique Lemos. O campeão do programa acabou participando de alguns programas da Record e desaparecendo rapidamente do cenário musical.
No SBT, chegava ao fim as especulações sobre o novo diretor de jornalismo do canal. Alberto Villas, ex-“Fantástico”, era o escolhido para reformular o setor. E em pouco tempo as mudanças já puderam ser percebidas. A principal delas, o novo “SBT Brasil”, que estreou no mês seguinte com um formato mais leve. A bancada passou a ser comandada por Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, substituindo Carlos Nascimento e Karyn Bravo.
Outra novidade foi a aguardada estreia de “Amor & Revolução”, segunda trama de Tiago Santiago no SBT. Porém, a novela, que tem como pano de fundo a ditadura militar, não caiu no gosto do público e tornou-se um dos maiores fracassos da emissora no ano. Com dificuldade em romper a casa dos cinco pontos, o folhetim quase sempre derruba a audiência entregue pelo “Programa do Ratinho”.
Ainda em abril, a Globo estreou a novela “Cordel Encantado” e a apresentadora Luísa Mell conseguiu voltar à telinha. Ela foi contratada pela TV Gazeta para apresentar o “Estação Pet”. Porém, a atração teve curta duração e saiu do ar poucos meses depois.
O casamento real do príncipe William com a plebéia Kate dominou os holofotes dos canais abertos e fechados no final de abril. O casório foi tema obrigatório nos telejornais e foi o assunto mais comentado do mundo no dia 29 de abril.
Maio
No início de maio, a Record apostava suas fichas na novela “Vidas em Jogo”, que estreou no dia 2, para elevar os índices da antecessora “Ribeirão do Tempo”. Porém, a novela, repleta de cenas de ação, tem registrado o mesmo desempenho da antecessora. Outra novidade foi o programa “E Aí Doutor?”, que registrou baixos índices de audiência e passou por vários horários. A versão brasileira do americano “The Dr. Oz Show” acabou reduzida a um quadro semanal dentro do “Tudo a Ver”.
Já o SBT aproveitou o mês para promover mudanças em sua grade. Estreou o novo formato do “Carrossel Animado”, com a dupla de palhaços Patati e Patatá, “Esquadrão da Moda”, “S.O.S. Casamento”, “Festival SBT 30 anos”, que lançou Patrícia Abravanel como apresentadora, e mais uma temporada do “Qual é o Seu Talento?”. Este último se tornaria sucesso de público, derrotando a TV Record em algumas ocasiões, e se envolveria em uma polêmica. A FremantleMedia acusou o formato de plágio e conseguiu impedir que o SBT desenvolvesse uma nova temporada para o programa a partir de 2012.
Outra mudança foi o cancelamento do “Cinema em Casa”, na faixa das 18h. O lugar foi ocupado pelo seriado “Chaves”, que elevou os índices do SBT. Alguns meses depois, a emissora ainda exibiria na faixa noturna os ‘episódios perdidos’ da série, tão solicitados pelos fãs do programa mexicano.
A disputa pelos direitos do Brasileirão Série A pela TV Globo traria prejuízo para a RedeTV! a partir de maio. Insatisfeita com a postura do canal de Amilcare Dallevo durante o processo licitatório do Clube dos 13, a emissora carioca resolveu trocar de parceira nas transmissões da Série B. Saía a RedeTV! e entrava a Band, que já divide outros torneios com a rede dos Marinho.
Já a TV Gazeta surpreendeu o público em maio ao demitir a jornalista Maria Lydia Flandoli, após 20 anos no canal. Mas a ausência de Maria Lydia da TV foi curta, pois em dezembro, o canal da Fundação Cásper Líbero recontratou a experiente jornalista para comandar um quadro de entrevistas no “Jornal da Gazeta”. Ainda em maio, Heródoto Barbeiro estreava na Record News no comando do principal telejornal do canal.
Junho
Sem dúvidas o mês de junho foi o mais movimentado nos bastidores da TV. Tudo por causa da polêmica transferência do jornalista José Luiz Datena para a Rede Record. No dia 16 de junho, Datena anunciava seu retorno ao canal da Barra Funda. E já no dia 20, ele reestreava o tradicional “Cidade Alerta”. Com poucos dias na Record, Datena não conseguia esconder seu descontentamento com a direção do canal e, em diversas entrevistas, declarava estar com saudade de sua antiga emissora, a Band.
A insatisfação de Datena cresceu após a Record proibí-lo de dar entrevistas à imprensa. Pouco mais de um mês após a estreia, Datena se despedia dos telespectadores. “Muito obrigado, até um dia”, disse o apresentador ao final do “Cidade Alerta” do dia 29 de julho. E seu retorno ao “Brasil Urgente” ocorreu no dia 8 de agosto. Durante este período, o jornalístico da Band foi apresentado por Luciano Faccioli.
Além da reestreia do “Cidade Alerta”, a Record voltou a apostar no “Repórter Record”. O programa retornou ao ar aos domingos, com as reportagens investigativas do jornalista Marcelo Rezende. Ainda no ar, o programa não repete o desempenho da época em que foi comandado por Roberto Cabrini. Já a Band aproveitou o mês para lançar o talk show do integrante do “CQC”, Danilo Gentili. A atração, que conta com a participação da banda Ultraje a Rigor, rendeu bons índices à emissora, que ampliou sua exibição para três dias durante a semana e pretende torná-lo diário em 2012.
A segunda parte da "Retrospectiva NT", de julho a dezembro, você confere nesta sexta (30), aqui no portal NaTelinha.
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