Retrospectiva NT: Confira o que aconteceu na TV em 2010

Por Redação NT

Publicado em 31/12/2010 às 11:50:11

Chegamos aos últimos dias de 2010. Está na hora de revermos tudo que sacudiu a telinha no ano que se foi. 2010 foi marcado por várias estreias, grandes coberturas jornalísticas, eleições presidenciais, a Copa do Mundo da África do Sul, além de algumas contratações.

Para relembrar os fatos mais marcantes do ano, o NaTelinha preparou uma retrospectiva de todos os acontecimentos que ganharam espaço na nossa TV e que você ficou por dentro aqui. Confira:

Janeiro

O ano começou com a repercussão do comentário do jornalista Boris Casoy feito no “Jornal da Band” do dia 31 de dezembro de 2009. Na ocasião, Boris ofendeu os garis. Sem saber que seu áudio estava aberto, o jornalista declarou: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras”.

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No dia seguinte, Bóris foi obrigado a se retratar, mas o pedido de desculpas não foi o suficiente para evitar que várias ações fossem movidas contra o jornalista e a emissora.

Enquanto isso, o SBT aproveitou o início do ano para estrear uma de suas principais apostas, o reality show “Solitários”, que isolou nove participantes em cabines, que simulavam solitárias. Gravado com antecedência, o nome do vencedor, Tom, da cabine nº 9, acabou sendo divulgado pela imprensa semanas antes da exibição da final.

Ainda em janeiro, Hebe Camargo comoveu o país em sua luta para vencer o câncer. Em meio a várias mensagens de apoio de amigos, artistas e telespectadores, a loira foi submetida a várias sessões de quimioterapia e precisou ausentar-se de seu programa. A notícia da doença da loira invadiu os principais noticiários da TV aberta.

O mês ainda contou com as estreias da novela “Tempos Modernos” e de mais uma edição do “Big Brother Brasil”. Já a Record, para recuperar a audiência na faixa das 21h, apostou no seriado “CSI” para combater “Gossip Girl”, do SBT.

Fevereiro

Chegava ao fim a segunda edição do reality “A Fazenda”. Com menos repercussão que a primeira temporada, Karina Bacchi faturava o prêmio de R$ 1 milhão. O reality terminou com média geral de dez pontos, quatro a menos que a primeira temporada, exibida seis meses antes.

No mesmo mês, os ânimos ferveram nos bastidores da Band. Os apresentadores José Luiz Datena e Renata Fan trocaram farpas no ar. A loira acusou, no “Jogo Aberto”, Datena por falta de liberdade no “SP Acontece”. Minutos depois, Datena rebateu as acusações no ar. “Todo mundo que está aqui tem liberdade total, já que eu deixo os caras falarem. Aliás, muito mais que aí, já que você fala mais que os caras”, disse o jornalista.

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O esporte também teve destaque no mês. Pela primeira vez, uma TV aberta transmitia os Jogos Olímpicos de Inverno. A Record apostou na transmissão do evento em Vancouver e viu seus índices crescerem no período vespertino. Animada com o desempenho, a rede paulista ainda veicularia os Jogos Sul-Americanos de Medellín e as Olimpíadas da Juventude de Cingapura, sem obter o mesmo desempenho.

A queda de um helicóptero da TV Record virou manchete nos principais telejornais em fevereiro. A aeronave da emissora apresentou problemas técnicos ao sobrevoar o Jockey Club de São Paulo. Após rodopiar no ar, o helicóptero perdeu altitude e caiu sobre o gramado. As cenas foram captadas pela aeronave da TV Globo. O acidente vitimou o comandante Rafael e deixou o cinegrafista Alexandre Borracha ferido.

Fevereiro ainda foi marcado pelo anúncio de que a atriz Drica Moraes sofria de leucemia. Além disso, Oscar Roberto Godói foi demitido da Band, após criticar a direção da emissora.

Março

O novelista Tiago Santiago estreava no SBT. Ia ao ar no dia 1º de março a novela “Uma Rosa com Amor”. Com nomes globais no elenco, como Betty Faria e Jussara Freire, o folhetim registrou média geral de seis pontos e, em algumas ocasiões, chegou a vencer o “Jornal da Record”. Além de “Uma Rosa com Amor”, o SBT ainda estreou os programas “Conexão Repórter” e “Aventura Selvagem”.

No dia internacional da mulher, Hebe Camargo retornava à TV. Em um programa especial, Hebe recebeu cantores como Ivete Sangalo e Leonardo. Na plateia, diversos artistas compareceram para prestar suas homenagens, como Xuxa, Ana Maria Braga, Eliana e Maísa. Um dos destaques foi a entrevista que o rei Roberto Carlos concedeu à loira.

No mesmo mês, a Record dava o pontapé inicial na exibição de tramas bíblicas com “A História de Ester”. A minissérie, que narrava a trajetória da rainha judia, alcançou 11 pontos de média geral. Escrita por Vivian de Oliveira, a trama foi criticada pela má qualidade do figurino e de seus efeitos especiais. Animada com os bons índices, a Record reprisou a produção no mês seguinte.
 


Reprodução/Globo



No dia 30 de março, chegava ao fim a décima edição do “Big Brother Brasil”. O vencedor foi Marcelo Dourado, que levou a bolada de R$ 1,5 milhão para casa. O “BBB 10” ficou marcado pela presença de ex-BBBs, como o próprio Dourado e a ex-miss Joseane, além de participantes assumidamente gays, como Dicésar, Serginho e Angélica. A performance de Dourado causou polêmica entre os movimentos GLS, que o acusaram de ser homofóbico.

Ainda em março, os atores Petrônio Gontijo, Tuca Andrada e André Bankoff anunciavam a saída da Record após o fim de “Poder Paralelo”. Meses depois, os três acertariam contrato com a Globo. Enquanto isso, Zezé Motta ingressava na emissora de Edir Macedo. Outro destaque foi a transmissão do GP de São Paulo da Fórmula Indy, que rendeu picos de liderança à Band.

Abril

O apresentador Ratinho causou polêmica ao exibir uma entrevista exclusiva com Guilherme de Pádua, que foi condenado pelo assassinato da atriz Daniela Perez em 1992. A atitude da produção de Ratinho gerou protestos da mãe da atriz, a novelista Glória Perez, e de amigos da família, como Aguinaldo Silva. A polêmica entrevista elevou os índices do apresentador para 8 pontos de média com picos de 12 pontos na capital paulista.
   
O mês de abril ainda foi marcado pela tragédia das chuvas no Rio de Janeiro e em Niterói. Com o caos que assolou a cidade maravilhosa, Globo e Record interromperam suas programações para noticiarem as principais informações. A Record, cujos índices cresciam toda vez que fazia uma ampla cobertura jornalística, viu sua audiência barrada pela TV Globo, que resolveu adotar a mesma postura da concorrente e ficou durante toda a manhã cobrindo o fato.

Divulgação/Record



Outra novidade de abril foi a estreia de João Dória Jr. no comando de “O Aprendiz”. O reality, um dos maiores sucessos comerciais da Record, sentiu a falta de Roberto Justus e viu seus índices despencarem na atual edição. A grande final registrou apenas 8 pontos de média, pior desempenho do programa. Samara Schuch foi a vencedora e levou para a casa a quantia de R$ 1 milhão.

Ainda em abril, foi ao ar o último capítulo de “Cama de Gato”, que foi substituída por “Escrito nas Estrelas”, folhetim de Elizabeth Jhin, que apostava na doutrina espírita em sua trama principal. Já Glória Maria retornou ao ar no “Globo Repórter” após dois anos de férias. No mês em que comemorava 45 anos, a Globo envolveu-se em uma polêmica. Seu vídeo institucional foi acusado de fazer campanha para o PSDB. Para evitar maiores desdobramentos, a emissora optou por produzir um novo vídeo comemorativo.

Maio

O mês de maio foi de nova programação na Band. As atrações “A Liga” e “Polícia 24h” foram os destaques da rede do Morumbi. Produzidos pela produtora argentina Cuatro Cabezas, a mesma do “CQC”, os dois programas foram as peças-chaves da Band, ao lado de seu jornalismo e do departamento esportivo, para ameaçar o SBT no horário nobre de segunda a sexta-feira.

“Viver a Vida” se despediu do público em maio. A trama, na qual Alinne Moraes roubou a cena ao dar vida à cadeirante Luciana, foi repleta de altos e baixos e acabou rendendo a pior média de uma novela das 21h, com 36 pontos. Em seu lugar, estreou “Passione”, de Sílvio de Abreu, que apostou em romances e muito suspense, recorrendo à velha fórmula dos assassinatos. Apesar dos ingredientes, a trama, que ainda está no ar, não decolou em audiência e registra, até agora, média inferior a da trama de Maneco. Entretano, o folhetim parece recuperar fôlego na reta final, ao registrar, na última segunda (27), média de 46 pontos com pico de 50 na Grande SP.

Divulgação/Record



A Record também estreou novela no mês de maio, com “Ribeirão do Tempo”. A trama de Marcílio Moraes apostou no cotidiano de uma pequena cidade que sofria crimes devido à conspiração política. Porém, a novela não conseguiu repetir o mesmo sucesso de outros folhetins da casa. Algumas semanas depois foi a vez de “Bela, a Feia”, protagonizada por Giselle Itié, chegar ao fim. A novela também passou por altos e baixos, várias mudanças de horário e só conseguiu ampliar seus números na reta final.

No final do mês, a Record promoveu uma drástica mudança em sua grade dominical. Insatisfeita com o desempenho do “Programa do Gugu”, que chegou a ficar em algumas ocasiões em quarto lugar, a emissora inverteu os horários do “Domingo Espetacular” e da atração de Gugu Liberato. Desde então, a emissora recuperou a vice-liderança aos domingos.

Junho

Em pleno mês de Copa, o SBT anunciou importantes mudanças em sua grade. A principal delas: o retorno de Raul Gil à emissora. A contratação do veterano apresentador deu certo. Raul Gil recolocou o SBT na vice-liderança no horário. Outras novidades foram o retorno de Marília Gabriela e a reprise da novela “Ana Raio e Zé Trovão”, da extinta TV Manchete.
 

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Mas o principal assunto da TV em junho foi a Copa do Mundo. O noticiário da seleção brasileira invadiu a nossa televisão. Nem o fraco desempenho do time de Dunga diminuiu a vasta cobertura da Copa. Globo e Band, que possuíam os direitos do evento, enviaram grandes equipes para a África do Sul. Porém, o grande nome da TV na Copa ficou nos estúdios da Globo, no Rio. O irreverente apresentador do “Globo Esporte SP”, Tiago Leifert, roubou a cena e se destacou no “Central da Copa”.

Já Galvão Bueno precisou lidar com a campanha “Cala Boca, Galvão”, que virou febre no Twitter. E a Globo se viu envolvida em uma polêmica com o técnico Dunga, que chegou a discutir com o repórter Alex Escobar. A Copa ainda elevou os índices de audiência tanto da Globo, como da Band, que chegou a derrotar o SBT na média-dia em duas ocasiões. Já a emissora de Silvio Santos contratou o rei Pelé, que comandou programetes e comentou o desempenho da seleção nos telejornais da casa.

No mesmo mês, Lavínia Vlasak acertou o retorno à Globo. Já a Record anunciou a produção do remake de “Rebelde”, enquanto a apresentadora Ione Borges deixou a TV Gazeta após 30 anos. Para seu lugar, foi contratada Olga Bongiovanni.

Julho

O grande destaque do mês de julho foi a estreia do remake de “Ti Ti Ti”, uma das tramas de maior sucesso na década de 80. A missão de reescrever o folhetim de Cassiano Gabus Mendes coube à Maria Adelaide Amaral. E, em pouco tempo no ar, a novela, que mostra as disputas entre Victor Valentin e Jacques Leclair, recuperou a audiência perdida na faixa das 19h, superando em várias ocasiões a marca dos 30 pontos.

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Já sua antecessora, “Tempos Modernos”, que marcou o retorno de Bosco Brasil à TV Globo, não deixará saudades na emissora. A trama, que apostou numa nova linguagem e tinha uma história baseada em tecnologia, não agradou o público e fechou com uma das piores médias do horário.

Enquanto isso, a Record, insatisfeita com o programa “Tudo é Possível”, anunciou a mudança de direção do programa. Ana Hickmann voltaria a trabalhar junto com Vildomar Batista. Já Maria Cândida, recém saída da Record, anunciava sua ida para a RedeTV!, para comandar um quadro no “Programa Amaury Jr.”, e Gabriel Braga Nunes acertava seu retorno à Rede Globo.

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