Em entrevista ao NaTelinha, Rodrigo Faro fala sobre possível mudança de "O Melhor do Brasil&quo

Por Redação NT

Publicado em 07/07/2010 às 13:09:40

Há três anos na Record, Rodrigo Faro já é considerado um dos melhores apresentadores da televisão brasileira, inclusive tendo ganhado o prêmio de "melhor apresentador de 2009" no Troféu Imprensa exibido neste ano no SBT.


A carreira de Rodrigo na televisão começou cedo. Em 1982, aos 9 anos, já fazia comerciais e teatro. Depois, comandou o programa infantil "ZYB Bom", na Band. Na adolescência, foi para a música e integrou o grupo Dominó, até começar a fazer novelas, em 1996. Seu primeiro trabalho como ator de folhetins foi em "Antônio Alves, Taxista", do SBT. No ano seguinte, se transferiu para a Globo e fez "A Indomada". Daí em diante, trabalhou em várias novelas globais, como "Suave Veneno", "O Cravo e a Rosa", A Padroeira", "Chocolate com Pimenta", "Cabocla", "América", "Alma Gêmea" e "O Profeta", até ser contratado pela Record em 2008.


Em entrevista exclusiva por telefone ao NaTelinha, Rodrigo Faro fala sobre seus trabalhos na Globo, como chegou na Record, comenta sobre o sucesso de "O Melhor do Brasil" e "Ídolos" e diz se o boato de que seu programa vai migrar dos sábados para os domingos é verdadeiro ou não. Confira:
 

"Nunca teve por parte da Record essa vontade de
colocar o programa no domingo"


 

Foto: Edu Moraes/Record



 




Rodrigo Faro: Foi ótimo. Uma experiência maravilhosa, algo que batalhei muito. Eu fui pra oficina da Globo e sempre quis ter uma chance pra trabalhar como ator. E recebi essa oportunidade e foi uma experência incrível. Foi o que projetou a minha carreira artística.




RF: Foram vários. Teve o Renildo, de "Suave Veneno", que era jogador do Flamengo; o Heitor de "O Cravo e a Rosa"; o peixeiro Tainha de "O Profeta"; o Joaquim de "A Casa das Sete Mulheres", que foi um dos protagonistas, filho do Bento Gonçalves... Na Globo eu fiz personagens excelentes, que eu gostei muito, que me marcaram.




RF: O sonho de ser apresentador, que eu tinha na minha vida. Desde pequeno, quando eu apresentava o "ZYB Bom", eu tinha esse sonho de me tornar um comunicador. E a Record me veio dando essa oportunidade que eu tanto queria. Eu até tinha tentado na Globo, mas eles nao me davam a oportunidade.




RF: Não. Com dois programas nem dá tempo, fica complicado. E também não é o que eu quero pra minha vida. Eu quero cada vez mais me firmar como comunicador. E a Record tem grandes planos pra mim como comunicador. E eu também quero ficar na Record e desenvolver cada vez mais esse lado. Novela é muito difícil eu voltar a fazer agora.




RF: Nossa, uma responsabilidade muito grande, porque o Márcio já fazia bastante sucesso com "O Melhor do Brasil". O programa já tinha uma audiência bem legal com ele, e foi uma responsabilidade assumir. Tem a comparação, o público que é dele. Ele teve uma atitude muito especial, que só ele poderia ter, que foi ir no dia e passar o programa pra mim, dizer para o público que não havia ninguém melhor para substituí-lo do que eu, e que ele estava indo tentar outro caminho. Isso foi maravilhoso! A partir daí eu me senti mais tranquilo. Procurei desde o início trazer meu DNA para a atração, a minha maneira de apresentar. Se eu tentasse copiar o Márcio, que é um grande apresentador, ia ser complicado né...




RF: Tenho tido muito retorno. Hoje em dia, o que eu mais escuto é "dança, gatinho", é "Vai dar Namoro", os quadros de "O Melhor do Brasil". A repercussão junto ao público é muito grande. Não só as mulheres, as crianças, os homens... Engraçado, muitos homens voltaram a assistir programa de auditório, e falam pra mim "po, eu só assistia futebol e jornal, e agora minha esposa, mulher, namorada me mostrou ’O Melhor do Brasil’ e fiquei viciado, quero ver, dou risada, me divirto". Tenho ouvido muito isso dos homens, dos chefes de família.

Sobre reformulação, a gente sempre busca reformular com novos quadros, novos formatos, para que o público nunca perca o interesse de assistir o programa. Mas tudo a seu tempo. Acho que as dancinhas estão no auge, tem muita lenha pra queimar, mas a gente está sempre mexendo alguma coisa. Vamos estrear um quadro novo no dia 17, chamado "Quem Irrita Mais", onde a mulher aponta as coisas que o marido implicam. E o "Vai Dar Namoro" a gente sempre tem trazido coisas novas, fazendo o namoro itinerante, com pessoas de várias capitais do Brasil. O importante é você nunca estar satisfeito, sempre estar buscando novos formatos, inovações, pro público continuar com interesse e com vontade de assistir "O Melhor do Brasil".




RF: Não existe nada. A Record nunca cogitou nada e nem falou pra mim. O programa tá super bem no sábado e é lá que tem que ficar. Imagina, você vai pro domingo e abre uma lacuna no sábado, deixa as pessoas que assistem "O Melhor do Brasil" neste dia órfãos. Nunca teve por parte da Record essa vontade de colocar o programa no domingo, de verdade.




RF: A gente sempre vai no blog, vê as sugestões, conversa com a produção, com a diretora Rita Fonseca. Aí a gente decide o que fazer. Quando a dança é mais elaborada, como a do Michael Jackson, Beyoncé e Lady Gaga, nós ensaiamos. Aí tem ensaio, longos até... Pra performance do Michael Jackson, por exemplo, foram 12 horas. Mas geralmente não. Quando é só danças mais simples, mais tranquilas, eu vejo a pessoa na internet, estudo um pouquinho, a coreógrafa do programa [Paola] passa pra mim os passos, aí alguns minutos antes de a gente começar o "Vai dar Namoro", eu vou revisar com os bailarinos os passos rapidamente. Eu tenho essa facilidade.

 

Performance de Michael Jackson foi uma das mais difíceis para Rodrigo Faro
Divulgação/Record





RF: Michael Jackson e Lady Gaga foram as danças que mais exigiram ensaio. E foram as melhores também.

A gente tá sempre variando. As vezes a gente faz a coisa da superprodução, dançando legal. As vezes tem a coisa mais engraçada, humor. Também tem a dança sensual. Depende. A dancinha do final te oferece um leque de opções enorme. Você pode trabalhar em todas as frentes, pode fazer de tudo.




RF: Eu acho que o Marcos Duarte foi uma comoção nacional, a desistência dele. Já um dos mais talentosos até agora pra mim foi o Diego, da última temporada. Ele é um grande talento.




RF: Essa coisa de emplacar ídolo não depende do programa. Depende de como esse ídolo vai seguir com a sua carreira, com o seu empresário, com a gravadora que está lançando o disco. Isso não depende do programa. O "Ídolos" coloca esse cara pro Brasil inteiro, escolhido pelo Brasil, ficando em primeiro lugar muitas vezes - desde a estreia na Record a gente tem ficado em primeiro lugar por muito tempo -. E a partir daí, a responsabilidade desse ídolo estourar ou não é da divulgação da gravadora, do empresário, do caminho que ele vai escolher. A emissora deixa as portas abertas, coloca no programa, divulga, faz uma série de coisas, mas o que vai acontecer com a carreira dele depende muito das escolhas que ele vai fazer.




RF: Minha maior incentivadora foi a diretora de "O Melhor do Brasil", Rita Fonseca, que deixou eu fazer todas as loucuras que eu sempre quis fazer no programa, que me liberou, que falou "pode fazer, vai lá e faz, que eu tô aqui pra te apoiar". Ela é a grande incentivadora de tudo isso que está acontecendo na minha vida hoje. A minha produção, a dedicação de todos, de trabalhar, de ralar, de nunca estar satisfeita com os resultados, de sempre estar querendo algo mais. Esse prêmio foi a maior emoção profissional da minha vida. É um prêmio pelo trabalho, pela ralação, pela dedicação, não só minha, mas de toda a minha equipe.

Com certeza pretendo ir ao SBT no ano que vem, imagina. Tudo o que eu quero é receber o prêmio das mãos do maior apresentador - esse sim é o maior, o melhor de todos os tempos -, o Silvio Santos. Vai ser a maior emoção da minha vida receber o troféu das mãos do melhor apresentador, de fato, que foi, que é e que sempre vai ser.




RF: Comecei a fazer comerciais em 1982. Estou fazendo 30 anos de carreira.

Eu nunca me deslumbrei com o sucesso, sempre tive a cabeça no lugar. Acredito muito no trabalho, na dedicação, no estudo, isso eu acho fundamental. Por trabalhar desde criança, você adquire uma responsabilidade muito grande, uma maneira de ver sua carreira com responsabolidade. Isso me ajuda a nunca pirar, nunca achar que eu sou o cara, ou me deslumbrar pela fama, pelo sucesso, pelo dinheiro. É importante saber o que você quer, saber os seus objetivos e trabalhar pra que eles aconteçam. Como eu faço isso desde menino, ajudando em casa, ajudando a minha mãe, como era, então eu tenho a cabeça muito no lugar.




RF: Apresentador, com certeza. É o que eu quero pra minha vida. Nunca em detrimento das outras profissões, mas o que eu quero pra minha vida hoje é realmente crescer cada vez mais como comunicador, aumentar esse público, formar esse público. Que as pessoas liguem a TV e falem "ah, vamos assistir ao programa do Rodrigo Faro". Isso é algo que a gente constrói com muito trabalho, firmar a sua imagem como apresentador. Claro que eu tenho muito a ralar, mas vamos nessa.

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