Publicado em 23/02/2010 às 16:46:15,
atualizado em 21/09/2022 às 08:59:04
Na última segunda (22), a ABLGT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais) levou a público uma manifestação de repúdio aos "atos discriminatórios e machistas" de Marcelo Dourado, participante do “Big Brother Brasil 10”. A associação, que assegura os direitos deste segmento da sociedade, afirma que o integrante do programa tem atitudes de preconceito aos homossexuais, em especial a Angélica, integrante lésbica do reality.
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Divulgação/TV Globo
No "BBB 10", Marcelo Dourado teve uma discussão com Angélica e posteriormente insinuou uma intenção violenta, afirmando que bateria na participante se ela fosse homem. Chamando a participante de “abusada”, declarou que ela o enfrentou por saber que, por ser mulher, ele não poderia fazer nada contra ela.
Na carta, Toni Reis, presidente da ABLGT, cita que o participante Marcelo Dourado afirma que a AIDS é uma doença exclusiva de homossexuais e que heterossexuais não correm o risco de pegar a doença, estigmatizando assim a ideia preconceituosa de que os gays são responsáveis pela sua disseminação e desconsiderando a necessidade do heterossexual se prevenir contra este vírus.
O texto ainda transcorre sobre uma pesquisa feita pela Unesco em escolas públicas do país em 2009, na qual 39,6% dos estudantes masculinos não gostariam de ter um colega de classe homossexual, 35,2% dos pais não gostariam que seus filhos tivessem um colega de classe homossexual, e 60% dos professores afirmaram não ter conhecimento o suficiente para lidar com a questão da homossexualidade na sala de aula, o que aponta que o preconceito está presente de forma ostensiva em nossa sociedade, e que as atitudes de Dourado colaboram para a perpetuação deste conceito.
A nota é finalizada com o alerta de que os meios de comunicação tem papel de extrema importância no combate ao preconceito, e pede que se dê a devida atenção ao acontecimento, assim como se daria em relação à discriminação racial: “É preciso envidar esforços, a exemplo da iniciativa do governo federal, através do Plano Nacional de Promoção dos Direitos Humanos e Cidadania LGBT, para que se diminuam o preconceito e a discriminação contra pessoas LGBT, e que se promova o respeito às diferenças, quaisquer que sejam, existentes entre as pessoas que compõem nossa sociedade. Os meios de comunicação têm um papel chave nesta empreitada”.