Publicado em 04/05/2022 às 16:39:00,
atualizado em 04/05/2022 às 16:39:23
A Netflix está sendo alvo de um processo movido por acionistas que acusam a empresa de ter enganado o mercado no que dizia respeito à capacidade de aumentar seu número de assinantes. De acordo com a Reuters, agência de notícias britânica, os responsáveis pela ação judicial que corre no Tribunal de São Francisco, na Califórnia, pedem indenização pelas recentes quedas no preços das ações do serviço.
As ações da Netflix caíram 20% em janeiro, depois de divulgar um fraco crescimento de assinantes. Já em abril, caíram mais de 35% em 20 de abril, fechando em US$ 226,19, após a empresa dizer que perdeu 200 mil assinantes em seu primeiro trimestre, ficando bem aquém de sua previsão de conquistar 2,5 milhões de assinaturas. Suas ações estavam sendo negociadas a US$ 199,87 ao meio-dia desta quarta-feira (3).
O processo acusa a gigante do streaming e seus principais executivos de não divulgarem que seu crescimento estava desacelerando em meio ao aumento da concorrência e que estava perdendo assinantes em uma base líquida.
A empresa atribuiu o declínio trimestral à inflação, à concorrência de outras plataformas do mesmo segmento e à suspensão do serviço na Rússia após a invasão da Ucrânia, que custou à Netflix 700 mil clientes.
O processo nomeia os co-chefes executivos da Netflix Reed Hastings e Ted Sarandos e o diretor financeiro Spencer Neumann. Ele busca indenização para investidores que negociaram ações da empresa entre 19 de outubro de 2021 e 19 de abril de 2022.
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A Netflix está perdendo cerca de US$ 6,25 bilhões de dólares anualmente por conta de marketplaces que vendem compartilhamento ilegal de senhas e de pessoas que compartilham o mesmo acesso, constatou relatório divulgado pelo jornal britânico Daily Mail.
Não por acaso, a gigante do streaming contra-atacou, permitindo que usuários adicionassem outros dois por apenas US$ 2 em países como Costa Rica, Peru e Chile, conforme o NaTelinha publicou em primeira mão.
Outras plataformas como a HBO Max e Disney+ também vêm sofrendo prejuízos. Isso ocorre quando o conteúdo ofertado é ligeiramente superior ao que a maioria da população pode pagar. Atualmente, há uma proliferação sem igual de serviços por streaming.
Como o aumento de preços também é uma tônica, mais espectadores mais jovens com menos dinheiro partem para sites de compartilhamento de senhas ilegais ou então decidem fazer planos por si só que são proibidos de acordo com os termos de uso.
A pandemia fez com que houvesse um aumento nesse compartilhamento de senhas, já que as pessoas passavam mais tempo em casa. A principal faixa etária que entra na onda foram jovens entre 18 e 24 anos, descobriu a Advertising Research Foundation.
Enquanto isso, a Netflix segue aumentando seus preços na maior parte do mundo. No Brasil, houve reajuste superior a 20% em meados de 2021, e a plataforma também não poupou Estados Unidos e Europa. No Reino Unido, a partir de 16 de maio, as assinatura ficarão até 2 libras (pouco mais de 12 reais na cotação atual) mais caras, apurou o NaTelinha.
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