Publicado em 22/10/2019 às 10:07:44
A Netflix diz que está disposta a gastar o que for preciso para criar conteúdo de alta qualidade, visando formar um catálogo mais forte e atrativo durante a próxima década.
Enquanto a WarnerMedia, Apple e NBCUniversal estão se preparando para lançar seu próprio serviço por streaming, os executivos da Netflix apontam que têm somente um único rival: a Disney.
A informação foi divulgada na manhã desta terça-feira (22) pelo site IndieWire, um dos mais importantes da indústria cinematográfica norte-americana.
Para o streaming, a Disney é o "adversário a ser batido" e classifica essa guerra como "uma luta difícil", já que o conglomerado possui o "lugar mais feliz da Terra".
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É a segunda vez neste ano que a Netflix um montante significativo em dívidas, cerca de US$ 2 bilhões. Somente em 2019, portanto, serão investidos US$ 15 bilhões.
Analistas do mercado financeiro nos Estados Unidos viram esse novo investimento com bons olhos. A empresa precisou se endividar como parte da transição de um destino de reestruturação digital para criar uma fonte de conteúdo original, mudança que começou em 2013 com House of Cards.
No próximo ano, a Netflix trabalhará para reverter a queima de caixa, segundo anunciou o CFO Spencer Neumann. Ele obserbou que embora os gastos aumentem com conteúdo de maneira rápida, a receita cresce na mesma medida, já que a Netflix agregou 6,8 milhões de assinantes no mundo todo no último trimestre.
Ao IndieWire, o diretor do Pivotal Research Group, prevê crescimento de fluxo de caixa da Netflix: "Eles precisarão financiar suas operações com dívida por pelo menos nos próximos três anos".
De acordo com ele, o modelo que a Netflix impôs pode adicionar mais dívidas com gastos em conteúdo e despesas operacionais.
Segundo a contabilidade da Netflix, essa dívida é paga rapidamente. A revista Variety publicou que mais de 90% do conteúdo do streaming deve ser amortizado dentro de quatro anos após a estreia de um programa ou filme.
The Crown, por exemplo, teve um custo US$ 130 milhões na primeira temporada. O drama sobre a rainha Elizabeth II foi considerado o mais caro de todos os tempos. Reed Hastings, CEO da Netflix, disse que em breve esse valor terá sido uma "pechincha".
O temor pela Disney, portanto, tem fundamento. A gigante do entretenimento possui clássicos e blockbusters (e um investimento estimado de US$ 24 bilhões), enquanto a Apple, por exemplo, que também está gastando bilhões, "está apenas começando", segundo o streaming.
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