Em artigo, dono da RedeTV! reclama da distribuição de verbas e critica a Globo

Sócio-proprietário e apresentador da RedeTV!, Marcelo de Carvalho publicou um novo artigo nesta terça-feira (22) no jornal Folha de S.Paulo, em que faz críticas ao modelo de distribuição da verba publicitária para as redes de televisão do país. O texto acabou soando como uma crítica à Globo.

O empresário iniciou seu texto comentando a queda do Grupo Abril e lançou culpa ao BV – Bônus por Volume – que domina o mercado publicitário brasileiro.

“Esse, sim, é o verdadeiro vilão da derrocada da Abril e do sufoco do mercado como um todo: o BV, eufemisticamente chamado de ‘Planos de Incentivo’, uma espécie de propina legalizada”, diz em um trecho.

Marcelo lembra ainda que o BV beneficia a Globo, que atualmente conta com cerca de 33% de participação da audiência da TV brasileira. Mesmo liderando, é impensável para o dono da RedeTV! que a emissora carioca detenha 90% das receitas publicitárias para a televisão.

VEJA TAMBÉM

• Evento

  Com Geraldo Alckmin presente, festa da CNBC anuncia data da estreia do canal no Brasil
• Fim da novela

  Ao vivo, Sérgio Maurício crava Fórmula 1 na Band em 2025
• Churrasquinho?

  A Dona do Pedaço no Vale a Pena Ver de Novo? Globo faz suspense e "surpresa" decepciona
• Morto há 3 anos

  Globo exalta Gilberto Braga, mas mantém trabalhos inéditos na gaveta

“Não há cálculo de mídia de rentabilidade ou adequação de público que justifique a concentração de até 90% das verbas em um veículo que tem 33% da audiência. E aí mínguam os anúncios na Veja, na Cláudia e, por consequência, míngua a Abril”, continua o texto.

Marcelo de Carvalho já havia se posicionado contrário ao BV logo que o presidente Jair Bolsonaro tomou posse e o deputado federal Alexandre Frota fez menção em acabar com a Lei – criada em 2010 – que regulamenta o bônus.

Ainda no artigo, o executivo faz questão de afirmar que torce definitivamente pelo fim do BV.

“Enquanto não for proibida essa prática, continuaremos a ver um verdadeiro assassinato em massa dos outros veículos, um atentado à liberdade de imprensa, a continuação da hegemonia de um só microfone em detrimento dos demais”, bradou.