Publicado em 25/01/2024 às 16:01:00
Mário César, filho caçula do ex-treinador Mário Jorge Zagallo, afirmou nesta quinta-feira (25) que também não tem um bom relacionamento com os irmãos a pelo menos sete anos e deixou claro que o tetracampeão mundial cortou relações com os três herdeiros mais velhos.
“Eles (os irmãos) estão querendo aparecer após sete anos. Fui eu quem cuidou do meu pai esse tempo todo. Tem um documento assinado pelo meu pai dizendo que não queria a visita deles nas internações”, disse ele em entrevista ao Estadão.
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Mário César contou que, se dependesse de Zagallo, os outros três herdeiros – Maria Emilia de Castro Zagallo, Maria Cristina de Castro Zagallo, Mário César Zagallo e Paulo Jorge de Castro Zagallo – não receberiam nada da herança. “Mas é a lei”, lamentou o caçula. Pela lei brasileira, ao menos 50% da herança precisa ser partilhada entre todos os herdeiros necessários.
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O ídolo do futebol brasileiro expressou um desejo específico antes de seu falecimento, distribuindo sua herança de maneira desigual. O ex-treinador da seleção brasileira documentou que metade de seus bens tinham que ir para as mãos do caçula.
O ex-jogador acusou os filhos Paulo Jorge, Maria Emília e Maria Cristina de tentativa de extorsão e de buscar a anulação do inventário de Alcina de Castro Zagallo, sua esposa falecida em 2012. A solicitação para abrir e cumprir o testamento foi feita em 9 de janeiro, apenas quatro dias após o óbito de Zagallo.
No documento, o tetracampeão do mundo deixou o caçula ficará com 62,5% dos bens, enquanto os outros três herdeiros compartilharão os restantes 37,5%, totalizando 12,5% para cada um.
A insatisfação dele se origina da alegada tentativa dos três filhos de anular o cumprimento do testamento de sua ex-esposa, buscando impedir que o Velho Lobo tivesse direito aos bens da falecida esposa.
Zagallo morreu no dia 5 de janeiro aos 92 anos, no Rio de Janeiro. Conhecido por suas superstições (ele era fã do número 13), ele se transformou num dos atletas mais vitoriosos da história do esporte. Só com a seleção brasileira ele venceu 4 Copas do Mundo.
A estreia foi em 1958, vencendo como jogador e repetindo o feito em 1962, sendo titular nas duas. Em 1970, Zagallo virou técnico e garantiu o tri com uma das melhores seleções de todos os tempos. Em 1994 ele conquistaria o tetra, como coordenador, ao lado do técnico Parreira.
Ele ainda foi técnico da seleção em 1998, chegando à final da competição, mas perdendo para a França. Naquela ocasião o Velho Lobo ficou marcado por duas decisões controversas: cortar Romário dias antes do início da Copa, após uma contusão do jogador e manter Ronaldo como titular na final, mesmo após uma convulsão sofrida pelo craque momentos antes do jogo decisivo.
Ele foi velado na CBF no último dia 7 e sepultado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, recebendo homenagens do mundo do futebol.
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