Xuxa relata traumas após abusos e diz tomar três banhos por dia

Xuxa, o Documentário chegou ao fim nessa quinta-feira (10) no Globoplay e mostra a Rainha dos Baixinhos falando sobre o abuso que sofreu por um amigo do pai nos primeiros anos de vida. Ao GShow, ela contou que ficou com traumas e manias. "Eu tomo, sei lá, três banhos por dia", relatou.

"Às vezes mais, com bucha, me esfregando. E, sempre depois de uma relação, tenho que tomar um banho quente. São coisas que ficaram", emendou ela, que mergulhou profundamente no assunto para o documentário dirigido por Pedro Bial.

"São traumas, manias. São coisas que me fazem ver que não sou igual a algumas pessoas que não passaram por isso, mas também sou igual a muitas que passaram."

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O abuso de Xuxa

Na obra, ela não foge da raia: "É simplesmente desesperador porque é uma coisa que não queria ter passado, nem falado. Uma coisa que não queria reviver, nem viver. Mas é necessário, porque também faz parte de mim. Sou quem sou pelas coisas boas, médias, ruins e maravilhosas que vivi. Senão, não estaria onde estou".

No último episódio, há um encontro entre ela e Luiza Brunet, que também foi vítima de abusos. "Eu e Luiza só fomos falar desse assunto já grandes e velhas. A gente não pode maquiar uma cicatriz, nem uma ferida aberta. Elas vão estar sempre ali. Você não pode embelezar uma tragédia, porque não tem beleza nisso", lamentou.

Xuxa, O Documentário, conta com cinco episódios, que foram divulgados semanalmente. A atração percorre os 60 anos da Rainha dos Baixinhos, tocando em temas polêmicos de sua trajetória, como a conturbada relação com a ex-empresária Marlene Mattos.

Um dos momentos mais esperados da série documental é o encontro entre Marlene e Xuxa Meneghel. As duas trabalharam juntas por mais de 20 anos, nos programas Xou da Xuxa, Xuxa Park e Planeta Xuxa. A amizade era tão forte que a diretora foi convidada para ser madrinha de Sasha, mas a relação foi rompida nos anos 2000.

O documentário tem direção de Cássia Dian e Mônica Almeida, roteiro de Camila Appel e produção de Anelise Franco. A direção geral é de Pedro Bial.