Irmãos? Ex-namorados? Entenda a relação de Gal Costa e Caetano

Gal Costa tinha uma relação bem próxima com Caetano Veloso e muita gente confunde e acredita que dois eram irmãos ou viveram um romance no passado. O artista é na verdade irmão de Maria Bethânia e a relação com Gal era de uma grande amizade e irmandade.

O perfil oficial de Gal Costa no Instagram publicou nesta quarta-feira (9), pouco antes de anunciar a morte da cantora, um vídeo dela cantando com Caetano Veloso "Sorte", de Ronaldo Bastos e Celso Fonseca, no Programa Chico e Caetano, em 1986.

Em entrevista a Pedro Bil, em fevereiro do ano passado, ela admitiu que já se sentiu atraída por Caetano. "Nunca rolou nada de sexo entre eu e o Caetano. A gente tinha uma timidez. Acho que tem de certa maneira até hoje diante do outro. É estranho", falou ela.

"Tinha um clima assim, pelo menos da minha parte tinha. Uma certa atração sexual. [...] Acho que da dele também devia ter, porque ele não é bobo nem nada, né?".

Gal conheceu Caetano em 1963 na Bahia. Na época, ela tinha 18 anos e foi apresentada a ele por Dedé Gadelha, sua vizinha e amiga, que casou com o cantor depois.

"Começou uma amizade e cumplicidade musical muito grande porque ele adorava João Gilberto e eu também", disse ela em entrevista à Globo.

"Havia um clima sensual entre nós além da música. Houve uma época em que a gente ia à praia junto. Rolou um clima grande entre nós, aí ele compôs aquela música Da Maior Importância. Mas a gente nunca transou porque ele era marido de Dedé e ela ia me bater".

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Gal Costa era madrinha de Moreno Veloso, filho de Caetano.

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Caetano Veloso diz que Gal era figura libertadora

Caetano Veloso falou tarde desta quarta-feira, em entrevista ao Estúdio I da Globo News, sobre a morte de Gal Costa, aos 77 anos.

"Eu fiquei muito abalado hoje. Nós ficamos com uma intimidade muito grande na música. Quando Bethânia foi chamada para vir ao Rio, aí nós viemos. Mais tarde Gal veio. Daí a um tempo estávamos gravando um disco chamado 'Domingo'. Tem muita beleza ali", contou ele emocionado.

O artista destacou ainda a importância de Gal ter sido um símbolo forte de representação feminina na cultura.

"Quando voltei à vida, ela estava fazendo Fatal, tocando de pernas abertas, o vestido caído no meio. Havia gritos e aquela sutileza musical entremeada com os gritos. Era uma mulher em que a figura era libertadora para outras mulheres e para nós, homens. Para todo mundo."