Publicado em 05/11/2022 às 08:00:00
Neste sábado (5), Marcelo Maldonado Gomes Peixoto, mais conhecido como Marcelo D2, completa 55 anos. Carioca, o rapper ficou famoso nos vocais da banda Planet Hemp, mas conseguiu manter o sucesso depois que decidiu seguir carreira solo. Em 2022, o grupo lançou um álbum com canções inéditas depois de mais de duas décadas.
Desde 1995, quando estreou com o disco Usuário, o artista vem colecionando muitos hits e algumas polêmicas. Entre seus maiores sucessos, estão Qual é?, 1967 e Mantenha O Respeito. No início dos anos 2000, o artista também era figurinha carimbada nos programas de videoclipes com Loadeando, faixa que cantava junto com o filho, Stephan.
Apenas no Instagram, D2 acumula mais de 1,6 milhões de seguidores e divulga seus lançamentos, posicionamentos políticos e cliques ao lado dos filhos e da amada, Luiza Machado. De maconha aos 70 a provocações a Bolsonaro, confira cinco polêmicas de Marcelo D2 no dia em que o rapper completa 55 anos:
Desde 2018, Marcelo D2 se posiciona contra Jair Bolsonaro (PL). Na época, o artista chegou a fazer campanha criticando o político, que alegou não saber quem ele era. O cantor se apresentou e avisou: "E estou fazendo campanha contra você. Você deve estar sabendo né? Veio aqui perguntar! Ainda estamos em uma democracia e ainda posso fazer isso. Vou roubar muitos votos de você", prometeu, no Twitter.
Já no fim do ano passado, em entrevista ao UOL, o músico revelou que ficou à beira de um "ataque de nervos" na época em que o atual chefe do governo foi eleito e adiantou que votaria em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano.
No Festival MITA - Music Is The Answer, que aconteceu em maio em São Paulo, ele quebrou o protocolo de silêncio e mandou um recado para o presidente: "Já posso mandar o Bolsonaro tomar no c*? Contra os fascistas, nós seremos resistência", gritou o cantor.
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Em 2019, Marcelo D2 foi perguntado sobre como se imaginava aos 70 anos e deu uma resposta inusitada. "Quero estar fumando maconha, lendo livro e fazendo um show por mês [risos]. Tô brincando. Não sei se vou conseguir parar de criar. Tenho 51 anos e sou muito workaholic [não para de trabalhar]", respondeu, ao jornal O Globo.
"Na verdade, sou o Marcelo D2 que vive o Marcelo Peixoto, não vice-versa. Espero estar fazendo coisas relevantes, como fazem Caetano [Veloso], [Gilberto] Gil e Chico [Buarque] com 70 e pouco. Vou morrer jovem, sem ser aquele tiozinho comédia de quem as pessoas riem", apostou o artista.
Marcelo D2 foi acusado de racismo em 2018, ao se referir ao deputado federal Hélio Fernando Barbosa Lopes (PL) como "negão do Bolsonaro". Tô querendo tocar nesse assunto, super delicado, a alguns dias . E o negão do Bolsonaro hein? Talvez seja essa a nova nomenclatura pro escravo da casa grande. Bater palma pro patrão, no caso aqui lamber o coturno do capetão. 'Eu não sou racista, tenho ATÉ um amigo preto'", escreveu o rapper, o que fez com que a tag "Marcelo D2 racista" viralizasse.
Em outras postagens, o cantor disse que Hélio "foi o escolhido para blindar o Bunda Suja de ser chamado de racista". O político, amigo de longa data do presidente, chegou a gravar um vídeo e compartilhas nas redes sociais:
"Estão dizendo por aí que sou escravo. Será que é pela cor da pele? Negativo. Tem por aí, principalmente quem critica: escravo do vício, da corrupção e aquele que acusa os outros de escravo, que é cego, que não enxerga que ele é um escravo. Ele é um escravo também. Tem escravo da Lei Roaunet que está com os dias contados. Eu não sou escravo", respondeu ele.
Em 2020, Marcelo D2 defendeu, em seu perfil no Twitter, que fosse feita uma tatuagem de suástica (principal símbolo nazista) na testa de pessoas que se identificam como sendo de "direita liberal".
A postagem fez com que o deputado estadual Márcio Gualberto (PSL) registrasse uma ocorrência na 34ª DP (Bangu), no Rio de Janeiro, segundo informações de uma reportagem feita pelo jornal O Globo na época.
"É uma atitude irresponsável e gravíssima do cantor Marcelo D2. Qual será o próximo passo dele: mandar que seus seguidores, utilizando uma faca, desenhem uma foice e martelo na testa de quem não é de esquerda como ele?", questionou o parlamentar.
Em julho deste ano, Marcelo D2 foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil ao ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O processo se refere a uma postagem feita pelo cantor em 2019.
Na ocasião, o rapper comentou uma operação policial na favela de Paraisópolis, que resultou em nove mortes, e disse que o político havia sido o mandante, chamando-o de "assassino".
Doria disse que D2 "maculou a sua reputação com uma narrativa sensacionalista, colocando sua opinião e valores morais, éticos e políticos em descrédito perante todos os usuários da internet". Marcelo ganhou em primeira instância, mas o ex-governador recorreu e o artista foi condenado a indenizá-lo.
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