Publicado em 22/04/2022 às 10:08:21,
atualizado em 22/04/2022 às 10:21:53
Regina Duarte se manifestou na manhã desta sexta-feira (22) sobre o perdão que Jair Bolsonaro (PL) concedeu ao aliado e deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) para soltá-lo da cadeia. "O meu presidente, o nosso presidente: Em seu governo não se aceita censura", escreveu a atriz, com a foto de uma caneta. Ela foi secretária da Cultura em 2020.
Nessa quinta (21), Bolsonaro fez uma concessão de perdão ao deputado aliado. Ele havia sido condenado por 10 votos a 10 pelo Supremo Tribunal Federal por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal e instituições.
A pena estipulada ao então deputado foi de oito anos e nove meses de prisão em regime fechado, além de perda do mantado e dos direitos políticos, e multa de cerca de R$ 200 mil.
Confira o que publicou Regina:
Nos últimos anos, a atriz tem recebido mais comentários por conta de seu posicionamento político do que por sua carreira artística, mas seu envolvimento com o assunto não é de agora. Na década de 70, durante a ditadura militar, Regina apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso pelo MDB e chegou a posar para uma foto entre ele e Lula. Já em 1984, viveu a luta pelas Diretas Já e pôde ser vista até mesmo em um palanque de comício, pedindo a volta da democracia
Nos últimos anos, a atriz tem recebido mais comentários por conta de seu posicionamento político do que por sua carreira artística, mas seu envolvimento com o assunto não é de agora. Na década de 70, durante a ditadura militar, Regina apoiou a candidatura de Fernando Henrique Cardoso pelo MDB e chegou a posar para uma foto entre ele e Lula. Já em 1984, viveu a luta pelas Diretas Já e pôde ser vista até mesmo em um palanque de comício, pedindo a volta da democracia.
Em janeiro de 2020, Regina Duarte foi convidada por Jair Bolsonaro para assumir a Secretaria Especial da Cultura e passou a ocupar o cargo em 4 de março daquele ano. Alegando sentir falta da família, a atriz ficou somente dois meses no posto e deixou a função com a promessa de que assumiria a Cinemateca de São Paulo, o que não aconteceu até hoje.
A trajetória de Regina na secretaria de Cultura foi curta, mas chegou a render um abaixo-assinado do qual mais de 500 atores, cantores, roteiristas e outros profissionais da classe artística participaram para dizer que a veterana não os representava. O manifesto foi uma reação de repúdio ao menosprezo do órgão às mortes ocorridas na pandemia e na ditadura militar e ao desdém com o qual a atriz mencionou a tortura daquela época.
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