Publicado em 28/01/2021 às 04:30:00
Quem assiste Flor do Caribe ou Gênesis dá de cara com Igor Rickli fazendo os grandes vilões das duas tramas, mas engana-se quem pensa que ele considera estar no auge da carreira artística. O ator de 37 anos confessa que não se preocupa em interpretar antagonistas, e garante que prefere até, mas confidencia um sonho de poder desenvolver uma nova carreira, a de apresentador.
Em entrevista exclusiva ao NaTelinha, Igor Rickli, questionado sobre projetos no futuro, confessa que um dia pretende mostrar essa outra faceta de sua profissão artística. "Estou dedicado às gravações de Gênesis, mas eu quero muito apresentar um programa. Tenho esse lado comunicador que eu quero colocar para fora. Já tive algumas ideias, mas ainda muito iniciais. Mais para frente, quem sabe, eu conto mais detalhes para vocês", revela deixando no ar um mistério sobre a chance de realizar o sonho muito antes do que alguém pode pensar justamente na semana em que a Record rescindiu com Marcos Mion e procura um novo apresentador para A Fazenda.
E Igor mostra a consciência típica dos comunicadores, como ele próprio concordou ser, ao falar sobre a importância da vacinação contra o coronavírus e garantir que irá se vacinar quando chegar a hora. "Sim, quando for a minha hora, vou me vacinar. A vacina existe por um propósito. Precisamos ouvir a ciência e a medicina. Infelizmente já perdemos muitas pessoas para essa doença", lamenta, discordando da posição de outros artistas, como Gabriela Rivero, a professora Helena de Carrossel (1989), que deu seus motivos para justificar sua decisão em não ser imunizada.
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E se em Gênesis o ator tem sido um dos destaques interpretando um dos nomes mais icônicos do cristianismo, o anjo caído Lúcifer - ou Satanás, para alguns - tudo começou para Igor na Globo em 2013, quando ele estreou na TV como o vilão Alberto, de Flor do Caribe. Bastante tranquilo em relação à profissão, ele deixa claro que não se preocupou em fazer um papel tão difícil logo no debute em novelas.
"Alberto era um personagem complexo. E ele vinha numa crescente de vilania e loucura. Não tive dificuldade para compor ele", revela contando que se deu bem com o elenco automaticamente. "Eu fui muito bem recebido pelo elenco. A Grazi (Massafera) foi muito querida comigo. Fiz amigos nessa novela que me seguem até hoje na vida", conta.
Mas se o ator relembra com carinho de sua estreia na TV, ele lembra de um caso no mínimo controverso em que ele deu certo trabalho para o produtores da novela de Walter Negrão. "Tenho uma história de ator novato. Nós tínhamos que ir gravar cenas no exterior e eu estava com o meu passaporte vencido, e não tinha me ligado para isso (risos). Fiquei bastante desesperado e preocupado por dar aquele trabalho para a produção", confidencia.
A coragem em assumir um papel de antagonista logo na estreia não deu medo em Igor, mas a indústria da fama o assustou e quem garante é ele. "Acho que a maior dificuldade foi lidar com toda mega indústria de uma novela que eu não estava acostumado (risos). Acordei anônimo e fui dormir famoso. Não tinha dimensão disso. E ter que lidar com a fama foi o mais desafiador".
Questionado sobre o perfil de Alberto e como ele emprestou características no personagem, o intérprete é enfático. "Ele era bem complexo. Ao mesmo tempo em que demonstrava esses momentos de empatia, ele também era totalmente desprovido de sentimentos. E acho que a grande sacada era exatamente essa: não criar um personagem linear, chapada. Eu queria que ele fosse esse personagem com camadas, que intrigasse o público. Eu gosto de provocar o público mesmo (risos)", brinca, revelando ainda que vê a reprise de Flor do Caribe sempre que tem tempo. "Quando eu não estou gravando Gênesis, eu assisto sim. Gosto de rever a novela. Foi meu trabalho de estreia e eu tenho bastante carinho por ele".
Atualmente no ar com a única novela inédita do Brasil, Igor interpreta um ícone do cristianismo e o maior vilão da religião ocidental, Lúcifer. E ele revela que sentiu o peso do personagem no início. "É um personagem que exigiu e exige muito de mim. Lá no início das gravações, eu fiquei muito "pesado" por causa dele. Demorei a me desconectar depois das cenas. Fiz uma composição muito psicológica, buscando as sombras que existiam dentro de mim, e que todos nos temos. E fiz isso de uma forma muito intensa. Precisei me reequilibrar depois, voltar para o meu eixo", revela.
Mas o peso de interpretar o próprio Satanás vem dando muita alegria a ele, que comemora o barulho de Gênesis, trama que vem tendo altos índices de Ibope. "Fico feliz com a repercussão da novela. Mal estreamos e já vejo muito comentários", festeja, ainda confidenciando as dificuldades de caracterização para o papel. "Sim, foi um processo longo para fazer a caracterização. Levamos algumas horas até ficar pronto. Mas valeu cada minuto de espera, porque a equipe arrasou no trabalho de criação".
Casado desde 2015 com a cantora Aline, ex-integrante do Rouge, Igor Rickli não se incomoda sobre a coincidência de estar no ar ao mesmo tempo em duas emissoras diferentes e vivendo dois vilões. Questionado se houve medo de ficar marcado por este tipo de papel, ele é enfático. "Medo nenhum, até mesmo porque nenhum personagem é igual ao outro. Mesmo! Depende do ator fazer diferente. E, sendo bem honesto, eu adoro os vilões (risos). Eles são provocativos. Eles têm liberdade para todas as ações em cenas e eu acho isso muito interessante", crava.
E 2020 não foi fácil para ninguém, inclusive para ele. O intérprete de Alberto na novela das seis e responsável por fazer Eva comer o fruto proibido em Gênesis, revela que sofreu no início da pandemia e conta um caso que soa engraçado, embora tenha sido sério. "Os primeiros meses foram bem difíceis. Eu sou muito agitado, então tive que buscar formas de extravasar essa energia. Fiz obra, em casa, sozinho, construí um galinheiro, cortei árvores... Fiz várias coisas. Nisso, eu acabei me machucando. E tive que ficar parado", diz.
Por conta disso, Igor revela que não pôde se movimentar como gostaria e quase entrou em depressão. "Aí foi muito difícil. Além de ter todas as notícias ruins, flertei mesmo com a depressão. Sei que tinha estabilidade financeira, uma casa, comida... Enfim, coisas que muitas pessoas não tinham. Mas a minha saúde mental ficou abalada. Foi preciso me reconectar, respirar e me cuidar", finaliza.
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