Atrás das grades

Filha de Belchior é presa por suspeita de latrocínio

Isabela Belchior e namorada estão em prisão preventiva

Filha do cantor Belchior e namorada dela se entregaram à polícia - Foto: Reprodução/EPTV
Por Redação NT

Publicado em 14/08/2020 às 18:22:42

Foram presas na quinta-feira (13) em São Carlos, interior de São Paulo, Isabela Menegheli Belchior, de 26 anos, filha do cantor Belchior (1946-2017), e a namorada dela, identificada como Jaqueline Priscila Dornelas Chaves, de 31 anos. Segundo informações do portal G1, as mulheres estão em prisão preventiva.

Isabela e Jaqueline são acusadas de envolvimento no assassinato do metalúgico Leizer Buchiwieser dos Santos, que ocorreu em agosto do ano passado. A polícia relatou que o homem morto era pedófilo e costumava marcar programas sexuais pela internet, sempre pedindo pela participação de crianças menores e oferecendo um valor ainda maior. 

Em uma dessas ocasiões, Leizer marcou um programa com Jaqueline, no valor de 500 reais, e solicitado a presença de uma criança. A mulher teria prometido levar a sobrinha, de 3 anos, mas isso acabou não acontecendo. Ainda segundo o delegado de polícia, as mulheres e mais dois homens (irmãos de Jaqueline) armaram uma emboscada para o metalúrgico.

A intenção era extorquir dinheiro da vítima, usando a criança como "isca". Porém, o grupo teve um desentendimento no local e Leizer acabou sendo esfaqueado várias vezes. Em agosto o homem foi dado como desaparecido e logo depois o carro dele foi encontrado queimado e abandonado em um canavial. O corpo foi encontrado em uma mata apenas em setembro.

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Defesa das mulheres

Jaqueline e Isabela se entregaram à polícia e cumprem prisão preventiva. Os dois homens, que também estiveram envolvido no caso, seguem foragidos, mas com a prisão decretada desde março.

As advogadas de Isabela e Jaqueline afirmaram ao G1 que "a criança não estava presente na cena do crime" e também negaram a intenção do grupo de extorquir dinheiro da vítima. Ela também afirmam que não houve nenhum roubo.

O que diz o delegado

Em conversa com a reportagem do portal UOL, o delegado do caso Gilbeto de Aquino deu informações mais detalhadas sobre o caso.

"Os interrogatórios foram feitos ontem, e segundo consta a Isabela assumiu que deferiu um golpe de faca alegando que ele atentou sexualmente contra ela, de forma forçada. Nós, no entanto, apuramos que esse encontro foi todo marcado via chat, e ele pagaria por esse encontro", disse o delegado.

"Acabaram matando ele no local, colocaram no carro, jogaram o corpo em um lugar e incendiaram o veículo. Nós investigávamos o caso como homicídio, depois fomos descobrindo o envolvimento de Leizer com a pedofilia", acrescentou o profissional.

Perfil da vítima

O delegado Gilberto de Aquino, da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), ainda explicou como era o perfil da vítima, o metalúrgico Leizer Buchiwieser dos Santos.

"Ele tinha um distúrbio mental, fez contato com outras mulheres da cidade fazendo propostas com essa finalidade. Na hora [do encontro com Jaqueline e Isabela] ele chegou a reagir, mas elas acabaram matando ele no local", disse o delegado.

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