Publicado em 28/10/2019 às 05:39:00
Anitta anunciou que a partir do ano que vem pretende focar sua carreira no Brasil. Após uma experiência no mercado internacional, a cantora se junta a diversos artistas brasileiros que não conseguiram emplacar no mundo da música globalizada.
O NaTelinha ouviu especialistas que explicaram a razão desses cantores conseguirem sucesso apenas mediano em países que ditam o ritmo no mercado fonográfico mundial.
Anitta foi a artista mais recente que tentou entrar no mercado internacional da música, formando diversos hits com cantores latinos e americanos. Contudo, a funkeira passou bem longe de chegar a patamares como dos cantores Ricky Martin, Shakira e Paulina Rubio, artistas de língua não inglesa.
A brasileira, por exemplo, não conseguiu ser cogitada para concorrer aos grandes prêmios da música americana, como o Grammy e Billboard Music Awards. Nem ocupou as primeiras colocações entre as músicas mais tocadas dos Estados Unidos, apesar de ter feito um feat com Madonna, a rainha do pop.
Mas a falta desse sucesso não é uma exclusividade dela. Cláudia Leitte e Ivete Sangalo investiram numa carreira fora do país e também não emplacaram.
A jurada do The Voice Brasil lançou um DVD no Madison Square Garden, em Nova York, em 2010, ganhando espaço no jornal The New York Times. O crítico Jon Parele apontou o estilo musical da cantora faria com que ela enfrentasse duas barreiras para fazer sucesso nos Estados Unidos.
O primeiro era o axé, cujo ritmo não é muito conhecido fora do país, e o fato de ela cantar em português. As apresentações em inglês e espanhol feito por Ivete foram criticadas, pois o analista considerou os arranjos “estranhos”.
Cláudia seguiu um caminho diferente de Ivete. Ela criou parcerias com estrangeiros e passou a apresentar canções em espanhol, numa clara tentativa de conquistar o público latino que mora nos Estados Unidos. Fato que passou longe de obter o resultado desejado, não decolando na terra do Tio Sam.
“Isso é muito particular da ideia que cada cantor faz sobre uma carreira internacional. Eu sinto que tenho uma carreira relevante e muito importante, mas diferente dos objetivos de outros artistas”, comentou Ivete em entrevista a jornalistas da Bahia em 2017.
Anitta se tornou um furacão no Brasil e houve grande expectativa por parte da indústria musical do país para que ela conseguisse quebrar barreiras e abrisse caminhos aos artistas daqui nos Estados Unidos.
Com um plano muito bem traçado, lançou canções em inglês e espanhol, formou feat, recebeu críticas positivas da imprensa internacional, obteve números assustadores de visualizações nas plataformas digitais de música e foi jurada até do The Voice México. Só que não despontou nos Estados Unidos e Reino Unido, segundo principal mercado fonográfico do mundo.
Ludmilla e Pabllo Vittar ensaiam se arriscar no mercado internacional, contudo, fazendo menos alarde que Anitta. Aliás, a funkeira já deixou claro que irá focar neste momento na carreira nacional, pois garante que atingiu seus objetivos.
“Estou planejando dar uma diminuída. Todo esse trabalho que tenho tido de três anos para cá era para conseguir expandir internacionalmente meu trabalho e quebrar barreiras. Nesse quesito já alcancei meus objetivos. Não precisa mais tanta afobação, se esforçar tanto”, declarou.
Poucos devem se lembrar, mas Sandy e Junior estavam explodindo no Brasil e tentaram crescer internacionalmente em 2002. No mesmo período, Wanessa Camargo também se arriscou, porém, passou longe de qualquer sucesso.
Michel Teló explodiu nas paradas de sucesso na Europa por conta do Aí Se Eu Te Pego e tentou lançar novos hits por lá, mas sem êxito, retornando a investir em canções no Brasil.
Kelly Key, Naldo Benny e Jota Quest entram na lista de brasileiros que buscaram novos horizontes no Mercado Internacional, mas passaram longe de ter o mesmo prestígio que conquistaram no país tupiniquim.
O NaTelinha escutou especialistas que explicaram quais motivos fazem que os brasileiros não alcancem os grandes Mercados Internacionais, liderando as listas de músicas mais tocadas e concorrendo nos principais prêmios da música.
O professor de violão Renato Lovasco acredita que os brasileiros não se tornam fenômenos no universo pop por causa da língua, da falta de conhecimento do mercado, como não compreender o dia-a-dia das pessoas que vivem nos Estados Unidos e Reino Unido, além de não persistirem para chegar ao estrelato.
“A Anitta fez sucesso no Brasil, porque suas letras, seu estilo e sua personalidade dialogam com seus fãs aqui. Agora não há uma conexão entre ela com o americano, com o público hispânico e com os britânicos. Por que ela ganharia sua atenção?”, declarou.
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“E não é só a Anitta, mas a maioria que se arrisca nisso. E há pouca insistência. Como são estrelas brasileiras, dificilmente os cantores daqui aceitam serem tratados como iniciantes ou num nível médio. Querem tratamento de estrelas e estrela só é quem é sucesso”, continuou.
“É só a gente raciocinar o seguinte: Carrie Underwood, vencedora do American Idol, é um fenômeno da música country, mas quase ninguém no Brasil a conhece. Se amanhã ela for ao programa do Luciano Huck, e a outra atração do programa for a Anitta, quem ganhará um tratamento melhor? Claro que a Anitta. Agora num programa dos Estados Unidos, será Carrie que terá o tratamento diferenciado”, acrescentou.
Arnaldo Saccomani é um dos maiores produtores musicais do país, responsável por lançar sucessos como Os Travessos e Pixote. É jurado do quadro é Dez ou Mil, do Programa do Ratinho, além de ter feito parte da bancada de julgadores do Ídolos e Qual é o Seu Talento.
Também compositor, Arnaldo acredita que a língua seja uma dificuldade para que os artistas nacionais façam sucesso lá fora. “Primeiro, a língua é a grande barreira pra música brasileira e para os cantores brasileiros fazerem sucesso no exterior. A língua portuguesa é uma barreira intransponível”, explicou.
“Segundo: artista brasileiro não tem a disciplina do artista estrangeiro da questão de organização da sua carreira. A mentalidade é outra. O artista brasileiro gosta de oba-oba e o artista lá de fora gosta de fazer sucesso e ganhar dinheiro”, concluiu.
Apesar de não ser conhecido pelo grande público no Brasil e até mesmo dos Estados Unidos, o Sepultura tem uma legião de fãs americanos. Banda de rock, é considerada o grupo brasileiro de maior repercussão no mundo.
O conjunto musical realiza turnês internacionais, ganhando disco de ouro e platina na terra do Tio Sam, França e Austrália. João Gilberto e Tom Jobim também conquistaram prestígio lá fora, tanto que o primeiro foi indicado ao Grammy.
Alexandre Pires se arriscou internacionalmente e fez grande sucesso com o público latino, sendo responsável por cantar Garota de Ipanema ao ex-presidente americano George W. Bush no mês da Independência Hispânica nos Estados Unidos.
Fora dos grandes centros, a banda Corona fez sucesso na Itália, assim como Daniela Mercury é uma artista muito requisitada em Portugal, inclusive sendo jurada do The Voice Kids do país do velho continente.
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