Publicado em 30/07/2019 às 14:51:53
A delegada Juliana Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, convocou os jornalistas para explicar porque arquivou na última segunda-feira (29) o caso de acusação de estupro feito pela modelo Najila Trindade contra o jogador Neymar. O pronunciamento aconteceu nesta terça-feira (30).
Ela contou que a modelo foi escutada três vezes, Neymar prestou um depoimento e 12 testemunhas deram suas versões sobre o caso. “Foram juntadas aos autos do inquérito policial o laudo do sexológico, o exame de corpo de delito indireto, a ficha de atendimento médico, a ficha do atendimento médico do ginecologista particular, além do laudo do celular que a vítima nos entregou e o laudo do tablet entregue pelo ex-companheiro dela”, contou a delegada. “Houve a conclusão da investigação ontem e deliberei por não indiciar o investigado [Neymar] por ausência de elementos suficientes”, acrescentou.
Juliana assumiu que faltaram as imagens do hotel de Paris, onde Najila afirmou ter acontecido o suposto crime, contudo, a delegada acredita que não era preciso delas: “Por todo conjunto, verifiquei que não se tratava de uma prova imprescindível para a conclusão do inquérito”.
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Vale lembrar, no entanto, que a decisão de delegada não inocenta automaticamente o jogador brasileiro. Cabe agora ao Ministério Público de São Paulo avaliar a decisão policial e escrever uma recomendação para que a Justiça arquive o caso ou se pede o indiciamento de Neymar por estupro.
A acusação de Najila ganhou as manchetes policiais no final do mês de maio e provocou enorme pressão no atacabte antes da Copa América. O craque do PSG acabou se machucando em um amistoso às vésperas da competição e foi cortado da disputa.
O pai do atleta fez uma petição e um inquérito foi aberto para saber se Najila realizou uma denúncia caluniosa contra Neymar. A delegada disse que a investigação ocorrerá sob sigilo. “Vamos ouvir as partes envolvidas para apurar o caso”, concluiu.
O caso de Neymar e Najila tomou conta dos noticiários nos últimos 60 dias e mexeu com a estrutura das emissoras, com direito à Globo ter demitido o repórter Mauro Naves que, supostamente, teria tido participação no caso sem comunicar o canal.
Vale lembrar que todas as emissoras de TV aberta fizeram cobertura do caso e o SBT foi o primeiro a falar com Najila que concedeu entrevista exclusiva a Roberto Cabrini falando sobre o tema. Enquanto isso, o pai de Neymar esteve no programa “Aqui na Band”, dois dias depois da denúncia ter sido noticiada.
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