Publicado em 19/06/2019 às 19:07:49
Rubens Ewald Filho morreu na tarde desta quarta-feira (19), aos 74 anos. O jornalista e crítico de cinema estava internado em estado grave no Hospital Samaritano em Higienópolis, em São Paulo.
O jornalista era uma das maiores autoridades quando o assunto é cinema. Durante anos, foi a "cara" das transmissões da cerimônia do Oscar, tanto no SBT quanto no TNT. Já assistiu mais de 35 mil filmes.
Rubens Ewald Filho foi um dos principais críticos de cinema do país, trabalhando no R7. Ele também escreveu novelas, roteirizando a terceira (1977) e quarta (1994) versão de “Éramos Seis”, além de ter atuado em algumas produções, como “Amor Estranho Amor” (1982), o filme proibido de Xuxa.
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O longa-metragem contou com a participação da rainha dos baixinhos e se tornou controvérsia. Isto porque uma das cenas da obra é a loura deitada em cima de um menino menor de idade. O que poucos lembram é que, na época, Xuxa tinha dezesseis anos quando participou das gravações, ou seja, não havia qualquer crime na situação.
Xuxa entrou na justiça e conseguiu uma liminar judicial para que as fitas originais fossem recolhidas de locadoras em todo país. Contudo, muitas cópias piradas continuaram circulando em todo Brasil. Com a era da internet, imagens do longa voltou a mídia.
Rubens trabalhou ao lado de Silvio de Abreu em 1977 na TV Tupi. Os dois fizeram a adaptação de “Éramos Seis”. Uma nova versão será feita a partir do segundo semestre para o horário das seis, substituindo “Órfãos da Terra”.
Filho se formou na Universidade Católica de Santos e fez críticas de cinema no Portal R7. Ele trabalhou em veículos de comunicação de grande porte, como RedeTV!, Globo, SBT, Record, revista Veja, rádio Jovem Pan, jornal Folha de São Paulo, HBO, Telecine e TNT, onde comentou o Oscar.
Atualmente trabalha como Secretário de Cultura da cidade de Paulínia, interior do Estado de São Paulo. Cinéfilo, garante que assistiu mais de 37 mil filmes entre longas e curta-metragens. É um dos nomes mais importantes para falar das produções em períodos de premiações.
Ao longo da sua carreira como autor, ator e diretor, participou de cerca de 20 produções em novelas, filmes e peças de teatro.
A Tuner Brasil se solidarizou com a morte do cineasta, que por anos realizou transmissões do Oscar na tv por assinatura.
"A Turner do Brasil sente profundamente a notícia da morte de Rubens Ewald Filho.
"Ele é o maior e mais respeitado crítico de cinema que o Brasil já teve, nos acompanhou nas 15 transmissões do Oscar na TNT. Sentiremos muito a sua falta", lamenta Silvia Fu Elias, Diretora Sênior de Conteúdo da Turner.
Rubens deixa um grande legado - e um vazio profundo na cena cinematográfica brasileira."
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