Séries da Quarentena

Defending Jacob, da Apple TV+, vira favorita para o Emmy

Produção começa a crescer nas casas de apostas para a premiação americana

Defending Jacob, da Apple TV+, cresce como uma das favoritas ao Emmy
Por Daniel César

Publicado em 31/05/2020 às 12:10:09

Muita gente no Brasil nunca ouviu falar de Defending Jacob. A minissérie da Apple TV+ entregou seu episódio final na última sexta-feira (29) e não chegou a ter grande repercussão por aqui. Mas, restando pouco tempo para que a lista de indicados do Emmy seja liberada, a produção vem crescendo cada vez mais nas casas de apostas dos EUA como uma das favoritas.

Quando a Apple TV+ foi lançada nos EUA, em 1º de novembro do ano passado, houve muita expectativa em torno da qualidade de seus produtos. Seu carro-chefe, The Morning Show, mesmo sendo elogiada por parte da crítica e do público, não conseguiu se colocar como forte candidata na temporada de premiações.

E o objetivo da mais nova milionária plataforma de streaming sempre foi chegar às premiações. Um aplicativo para o público em geral acompanhar suas produções sequer foi lançada e quem não tem o aparelho da Apple TV é obrigado a assistir as séries por um site e que vem sendo muito criticado pela instabilidade. A busca da multinacional é prestígio.

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E praticamente no último minuto, a empresa conseguiu sua favorita ao principal prêmio de televisão do mundo. Defending Jacob, conforme teve seus episódios liberados semanalmente, foi crescendo cada vez mais no cenário dos críticos e especialistas e saltou de azarão para a lista de favoritas.

A minissérie acompanha o promotor Andy Barber (Chris Evans) numa saga para defender seu próprio filho Jacob (Jaeden Martell), de 14 anos e que está sendo acusado de ter assassinado um colega de escola. Tudo na produção lembra obras recentes da TV americana: a cidadezinha pacata, um policial (no caso um promotor) teimoso, um suspeito que ora parece culpado, ora inocente e pessoas pacatas que escondem segredos.

O diferencial em Defending Jacob é a linha narrativa. A história não começa no assassinato, como normalmente acontece, mas numa espécie de prévia para um julgamento que parece ser de Andy. O telespectador não sabe o que está acontecendo, apenas que ele está depondo e é com este depoimento que o público vê a narração voltar no tempo e vai descobrindo tudo que aconteceu algumas semanas antes, no período do assassinato.

Neste momento em que os votantes se preparam para encaminhar os escolhidos para o Emmy - a lista final será anunciada no dia 14 de julho -, Defending Jacob aparece na maioria das apostas com vaga certa em pelo menos três categorias: minissérie, ator em minissérie ou telefilme para Chris Evans e atriz em minissérie ou telefilme para Michelle Dockery. Ainda existe a possibilidade de Jaeden Martell aparecer como ator coadjuvante em minissérie ou telefilme.

Era difícil para a Apple TV+ vencer um Emmy se dependesse de The Morning Show, já que na categoria série dramática há outras produções à frente (Succession e Ozark, para citar duas). Mas em minissérie, Defending Jacob surge como uma forte candidata. E ela tem consigo o selo de uma das mais importantes marcas do mundo, embora a disputa seja de gigantes, uma vez que a principal concorrente é da HBO, Watchmen.

O que parece garantido neste momento, segundo os especialistas dos EUA, é que Defending Jacob deve aparecer com folga na lista liberada de indicados. E quem não assistiu ainda no Brasil, vale a pena dar uma olhada.

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