TV´s apostam em leilão eletrônico

Por Redação NT

Publicado em 25/04/2007 às 11:56:40

Em agosto de 2006 Claudete Troiano incorporou ao seu "Pra Valer" da Band uma modalidade de vendas onde o telespectador participa por telefone - o achado recebeu o nome de "Lance Mania". O leilão eletrônico deu tão certo que fez a audiência do programa aumentar em 50%.

"Trata-se de uma idéia que faz muito sucesso nos Estados Unidos. É algo diferente como nunca se viu. Trata-se de um leilão às avessas", relata a apresentadora do "Pra Valer".

As emissoras trataram de correr e, deliberadamente, copiaram a tal prática, que hoje está presente nos mais diversos tipos de atração e até mesmo no intervalo comercial das grandes redes de tevê.

Motocicletas, eletrodomésticos e diversos outros itens são vendidos todos os dias por valores irrisórios. Até a Record, que pretendia (e talvez ainda pretenda) adotar um certo "padrão de qualidade" não resistiu à nova forma de lucratividade fácil e a agregou ao "Programa da Tarde". Conseguiu a proeza de deixar a atração comandada por Maria Cândida ainda mais indigesta.

A Rede TV! é uma das mais entusiastas com a nova maneira de engambelar o telespectador. O método do leilão inverso toma boa parte do chatíssimo "Bom Dia Mulher" e do programa de Sônia Abrão, o "A Tarde é Sua". O mesmo acontece com as atrações vespertinas da TV Gazeta.

A brincadeira é simples: os consumidores ligam e dizem quanto querem pagar pelo produto oferecido. Vence sozinho quem der o lance mais baixo. Caso o lance dado não seja o menor e único, o telespectador fica sabendo no mesmo momento e pode voltar a participar com outra sugestão de preço.

É uma jogada em que a operadora de telefonia ganha um rio de dinheiro e divide com a emissora. E nessa, muitas pessoas são enganadas pelas letras miúdas com o custo da ligação. Primeiro porque é quase impossível ler aquilo, e segundo porque crianças podem ligar dezenas de vezes e os pais terão uma terrível dor de cabeça com a conta telefônica do mês.

Esse tipo de estratégia pode gerar desconfiança no público, além de deixa-lo irritado com tanta insistência dos apresentadores para que participem. O telespectador acompanha a programação para, entre outras coisas, buscar um pouco de diversão e não para participar diariamente de um leilão. É bastante plausível que as TV´s estejam atentas se é realmente interessante a obtenção de lucros desta maneira.

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