"CQC" terá "ano sabático" e demissão de repórteres é oficializada
Publicado em 09/12/2015 às 12:30
Em comunicado enviado na manhã desta quarta-feira (9), a Band anunciou que o "CQC" não será exibido em 2016 e que terá um "ano sabático".
Segundo a emissora, a atração voltará ao ar em 2017 e que o próximo ano será usado para pensar como o formato será reapresentado para o público.
“O intervalo entre as temporadas será estendido para que tenhamos tempo de voltar com mais força em 2017”, afirma Diego Guebel, criador do formato e diretor-geral de conteúdo da Band.
Com isso, todo o elenco do humorístico foi dispensado, com a exceção do apresentador Dan Stulbach, que em 2016 comandará o programa “História não Escrita”, que vai contar as principais passagens históricas a partir do descobrimento do Brasil, com recursos de computação gráfica e dramatizações. Dan terá ao seu lado a historiadora Lilia Schwarcz, também curadora do projeto.
Já os repórteres Lucas Salles, Juliano Dip, Erick Krominski e Maurício Meirelles e os apresentadores Rafael Cortez e Marco Luque foram todos dispensados. O NaTelinha, com absoluta primeira-mão, publicou no mês passado como a dispensa dos repórteres ocorreu: por e-mail, com agradecimentos pelos serviços prestados. Na ocasião, a emissora e os próprios humoristas negaram com veemencia e até ironia a informação, agora oficializada.
Ainda não se sabe o que entrará no ar nas noites de segunda-feira da Band, onde o "CQC" estava desde 2008.
O programa chegou ao Brasil com ares revolucionários e rapidamente fez sucesso. Frequentemente sendo terceiro lugar até 2011, o "CQC" sempre foi elogiado pelo seu estilo ácido e direto. No entanto, desde o episódio em que Rafinha Bastos disse ao vivo que "comeria" Wanessa e o seu bebê, a atração acabou se perdendo. Neste ano, uma reformulação foi feita na tentativa de fazer os índices voltarem a sua melhor forma. Mesmo elogiado, o "CQC" obteve médias de apenas 2 pontos de Ibope na Grande São Paulo em 2015.
Com isso, a reformulação, se ela de fato acontecer, serve para repensar o humorístico, que um dia já foi o terror dos políticos em Brasília.