Não foi só Vale Tudo: 6 finais de novelas que pararam o Brasil
As duas versões de Vale Tudo mobilizaram o público em torno do assassinato de Odete Roitman; relembre outras seis novelas da Globo que também mexeram com o Brasil
Publicado em 15/10/2025 às 11:51
Odete Roitman (Débora Bloch) foi assassinada na semana passada no remake Vale Tudo; o assassino ou assassina será revelado ao público nesta sexta (17). Mesmo sem repetir a comoção que gerou no início de 1989, quando foi revelado que Leila (Cássia Kis) havia matado a vilã (Beatriz Segall) por engano, a regravação da icônica cena está dando o que falar.
Mas a primeira versão de Vale Tudo não foi a única novela da Globo a literalmente parar o Brasil.
Relembre outros seis casos famosos:
O Astro

O Brasil parou em 8 de julho de 1978 para saber quem matou Salomão Hayalla (Dionísio Azevedo), icônico personagem de O Astro. No último capítulo, foi revelado que o assassino era Felipe (Edwin Luisi), jovem amante da esposa do empresário, Clô Hayalla (Tereza Rachel), que estava sendo ameaçado por ele e teve como cúmplice o cabeleireiro Henry (José Luiz Rodi).
Foram gravados cinco diferentes finais, contudo o mais óbvio, que já havia sido antecipado pelo Jornal do Brasil, deixando, inclusive, muita gente frustrada.
Para se ter uma ideia do que aconteceu na época, vale relembrar o que escreveu Carlos Drummond de Andrade em sua coluna no JB: "Agora que O Astro acabou, vamos cuidar da vida, que o Brasil está lá fora esperando".
Na segunda versão da novela, em 2011, a assassina foi a própria Clô (Regina Duarte), mas a repercussão ficou muito longe do que foi visto na original.
Água Viva

Em 1980, Gilberto Braga criou seu primeiro "quem matou" com o misterioso assassinato de Miguel Fragonard (Raul Cortez) em Água Viva.
Faltando 21 capítulos para acabar a trama, o médico foi morto durante um final de semana na casa dele em Angra dos Reis, quando se comemorava o aniversário da filha, Sandra (Glória Pires).
Entre os suspeitos estiveram personagens óbvios, como Nelson (Reginaldo Faria) e Lígia (Betty Faria), e surpreendentes, como Stella (Tônia Carrero) e Lourdes (Beatriz Segall). No final, descobriu-se que o assassino era Kleber (José Lewgoy), que havia sido tutor de Miguel e Nelson, e, falido, foi o responsável pela derrocada financeira do segundo, que o protagonista da trama, sendo descoberto pelo médico.
A Próxima Vítima

No início de novembro de 1995, o Brasil parou para saber quem era o serial killer do horóscopo chinês de A Próxima Vítima. Uma série de personagens que testemunhou um crime anos antes foi eliminada na trama de Silvio de Abreu.
Cercado de mistério, o último capítulo foi gravado pouco antes de ir ao ar; foi revelado que Adalberto (Cecil Thiré) era o assassino, o que surpreendeu muita gente.
Na versão exibida em Portugal e que acabou sendo mostrada pela Globo no Vale a Pena Ver de Novo, em 2000, o assassino era outro: o garçom Ulisses (Otávio Augusto), motivado por vingança pelo que fizeram com seu pai no passado.
Paraíso Tropical

Novela das oito de 2007 que demorou a engrenar, Paraíso Tropical mobilizou o país em seu desfecho para saber quem havia matado Taís (Alessandra Negrini).
A irmã gêmea da mocinha Paula, vivida pela mesma atriz, foi morta pelo vilão Olavo (Wagner Moura), em revelação feita no último capítulo.
Celebridade

Como geralmente acontecia nas novelas de Gilberto Braga, Lineu Vasconcelos foi morto em Celebridade (2003) para estrelar o "quem matou" da vez.
No último capítulo, revelou-se uma escolha óbvia para ser a assassina: era a grande vilã da trama, Laura (Cláudia Abreu). Além desse, a Globo gravou mais dois finais, que nunca foram mostrados.
Avenida Brasil

A última vez que o Brasil parou para ver um final de novela foi em Avenida Brasil (2012).
O público queria saber o que aconteceria com Carminha (Adriana Esteves), e acabou descobrindo que foi ela quem matou o amante, Max (Marcello Novaes), na beira do lixão em que se passava parte da trama.