Não rolou

Ninguém lembra: Malhação do SBT ficou pouco tempo no ar

Há exatamente 29 anos, pouco mais de um ano após a Globo lançar Malhação, SBT colocava no ar uma novelinha focada no público infantojuvenil


Giuseppe Oristânio, Patricia de Sabrit e Afonso Nigro em Colégio Brasil
Giuseppe Oristânio, Patricia de Sabrit e Afonso Nigro em Colégio Brasil

Pouco mais de um ano depois da Globo colocar no ar Malhação, o SBT decidiu lançar uma produção voltada ao público infantojuvenil. Estamos falando de Colégio Brasil, que estreava há exatamente 29 anos, em 6 de maio de 1996.

Enquanto Malhação, mesmo passando por altos e baixos, teve 27 temporadas e ficou no ar até abril de 2020, a iniciativa do SBT durou poucos meses, mesmo conseguindo bons resultados no Ibope.

Parceria

Após investir pesado no segmento de teledramaturgia a partir de 1994, com Éramos Seis, o SBT tentou dar um passo adiante dois anos depois, lançando três novelas num mesmo dia.

Assim, em 6 de maio de 1996, entraram no ar Colégio Brasil, às 18h30, Antônio Alves, Taxista, às 20h, e Razão de Viver, às 21h. Na mesma ocasião, a Globo colocava no ar sua menor novela das oito da história, O Fim do Mundo, que, na verdade, era uma minissérie que foi usada como tapa-buraco enquanto a emissora produzia O Rei do Gado para suceder Explode Coração.

Escrita por Yoya Wursch e dirigida por Roberto Talma e José Paulo Vallone, Colégio Brasil foi desenvolvida a partir de uma parceria entre o SBT e a produtora JPO.

Ambientada em um colégio tradicional de São Paulo, a história acompanhava o cotidiano dos estudantes, abordando temas de interesse dos adolescentes e relacionamentos amorosos. O elenco incluía atores que brilhavam nas novelas da Globo, como Edwin Luisi, Maria Padilha, Giuseppe Oristânio, Ítala Nandi e Taumaturgo Ferreira, entre outros. Além disso, nomes como Maria Zilda e Maitê Proença foram cotados.

"É uma trama independente que não tem nada de Malhação ou de Carrossel. Levamos seis meses para conseguirmos montar o projeto", despistou Vallone ao Jornal do Brasil em 20 de abril de 1996.

"Acho que a trama dominante em Malhação é da garotada, o que não acontece aqui no nosso colégio, onde o drama dos adultos tem vez", completou, na mesma reportagem, Maria Padilha.

Desentendimento

Ninguém lembra: Malhação do SBT ficou pouco tempo no ar

Inicialmente, a trama teve boa receptividade, aumentando a audiência do SBT naquele horário. No entanto, logo surgiram críticas, e a novela chegou a ser apelidada jocosamente de "Carroção", uma mistura entre Malhação e Carrossel.

Além disso, Colégio Brasil enfrentava algumas dificuldades que repercutiram na imprensa, incluindo problemas técnicos e falhas de dicção de jovens intérpretes.

Alterações frequentes no horário de exibição e um conflito entre Silvio Santos e o diretor contribuíram para que a novela fosse encurtada e retirada do ar antes do planejado, em 20 de setembro daquele mesmo ano, com apenas 117 capítulos.

Malhação da Record

Se Colégio Brasil é pouco lembrada atualmente, outra iniciativa de seguir os mesmos trilhos de Malhação aconteceu na Record.

Entre outubro de 2006 e junho de 2007, a emissora exibiu Alta Estação, de Margareth Boury, estrelada por nomes como Ariela Massoti, Lana Rodes, Andréia Horta, Daniel Aguiar, Vergniaud Mendes e Guilherme Boury.

A narrativa girava em torno de seis universitários iniciando sua trajetória acadêmica, com foco em seus conflitos, sentimentos, amores e desentendimentos.

O primeiro capítulo registrou oito pontos no Ibope. Porém, após a estreia, os números caíram, não alcançando os índices desejados pela emissora. A novela foi transferida para a faixa das 19 horas, mas a mudança não trouxe melhora na audiência, culminando no fim da produção alguns meses depois.

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