Na GloboNews, Natuza Nery desliza e comete gafe ao falar de Hildegard e Zuzu Angel
Jornalista cometeu uma gafe
Publicado em 25/03/2025 às 20:35
Natuza Nery cometeu uma gafe no Edição das 18h desta terça-feira (25). Enquanto comentava os bastidores do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que acontece em Brasília, a jornalista afirmou que Zuzu Angel (1921-1976) era irmã de Hildegard Angel, sendo que elas são mãe e filha.
"Num dado momento, eu me deparo com a Hildegard Angel, irmã da Zuzu Angel, o sobrinho dela foi assassinado pela ditadura militar, o Stuart Angel. Eu pergunto à ela por que ela estava ali e ela responde 'eu estou aqui porque o Brasil é o país dos acordos, do compadrio, dos conchavos'", iniciou.
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A comunicadora completou: "Ela não fala com essas palavras, 'e pela primeira vez eu quero presenciar um julgamento de uma passagem muito importante da história".
Hildegard nasceu em 1949 e é filha de Zuzu Angel. Em 2021, ela escreveu um artigo sobre a mãe para o site Brasil 247. “Amanhã [neste sábado (5)] serão 100 anos de nascimento de Zuzu Angel nossa mãe. De Stuart, Ana Cristina e minha. Levou sua maternidade até a última consequência. Até ser morta pelo Estado brasileiro. Talvez o assassinato político mais investigado de nossa História", diz trecho do documento.
Stuart Angel, nascido em 1946, desapareceu em 1971, quando tinha 25 anos e foi preso, torturado, assassinado e dado como desaparecido político durante o período de Ditadura Militar. Zuzu, assim como Eunice Paiva, esposa de Rubens Paiva e retratada no livro que inspirou o filme brasileiro vencedor do Oscar, Ainda Estou Aqui, lutou por justiça em favor do filho.
Diferente de Eunice, Zuzu acabou morrendo em 1976, num suspeito acidente automobilístico. Em 1998, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu a ditadura militar como a responsável pela morte da mãe de Hildegard.
Natuza Nery sobre o julgamento de Bolsonaro
O julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de tentativa de golpe de Estado começou nesta terça-feira (25) no Supremo Tribunal Federal (STF). A expectativa é de que a análise termine amanhã e a tendência é de que a votação se encaminhe para um resultado unânime, o que faria com que os oito se tornassem réus.
"A análise da denúncia não será simples, embora os ministros do STF tenham experiência em casos anteriores, especialmente aqueles relacionados aos eventos de 8 de janeiro. A clareza sobre o que está por vir na avaliação da denúncia é palpável entre os magistrados, que já deram suas pistas de como estão pensando em relação ao caso", apostou Natuza Nery.
Em seu blog no g1, a jornalista completou: "A análise que começa nesta terça não é apenas uma das muitas que o tribunal já enfrentou. Trata-se de uma questão sem precedentes no país. Nunca o Supremo analisou uma denúncia contra um ex-presidente, civis e militares de alta patente acusados de tentativa de golpe de Estado".
