Mãe de Isabella Nardoni detona possível soltura de Alexandre: "Me sinto ofendida"
Ana Carolina Oliveira deu entrevista ao programa Encontro
Publicado em 12/03/2024 às 15:10
Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, afirmou nesta terça-feira (12), em entrevista ao Encontro, da Globo, que se sente “ofendida” porque Alexandre Nardoni pode ser solto a partir de 6 de abril. Condenado a 30 anos de cadeia por ter assassinado a própria filha, Alexandre pode ir ao regime aberto após cumprir 16 anos após reduzir a pena ao trabalhar na cadeia e por ter lido livros.
"Me sinto ofendida como mãe e até em memória da minha filha. A gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça. Sabendo tudo o que aconteceu, vivendo esse luto, me sinto bem triste por tudo isso. Graças a Deus, a justiça foi feita na época, mas é bem pouco tempo pelo tamanho do crime que aconteceu e sabendo que minha filha não vai voltar, não tem essa oportunidade, ela não vai viver", desabafou Ana Carolina.
Isabella Nardoni morreu no dia 29 de março de 2008, com apenas cinco anos de idade. Segundo a Justiça, ela foi jogada pela janela pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, condenada a 26 anos de prisão, e pelo pai. A mãe da menina, que se casou novamente e teve dois filhos, disse que segue de luto.
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"A saudade é o que fica e é o que guardo para mim. Procurei transformar essa saudade em uma lembrança boa porque essa dor adoece. Como tive oportunidade de ter meus outros filhos, procuro ter lembranças dela”, explicou.
“A cicatriz vai se fechando, fica uma lembrança, óbvio que penso como seria minha vida com ela, com os irmãos, ela completaria 22 anos. O que faríamos juntas, o que seria de bom para nós, guardo esse tipo de lembrança e não como ela morreu, sem lamentações, porque acho que isso adoece”, completou.
Mãe de Isabella Nardoni se revolta no Encontro
Durante a entrevista, a mãe da menina lamentou que Anna Carolina Jatobá, que desde o ano passado vive em regime aberto, e Alexandre tenham benefícios para viver em sociedade.
"O que me indigna são esses benefícios. Ser preso é se privar, ficar privado de executar as mesmas funções que um cidadão que não cometeu um crime. A partir do momento que pode sair no Dia das Mães, no Dia dos Pais, nos feriados, cometer o crime e poder estar na rua, então vale a pena cometer um crime? Viver bem, dormir na sua casa é uma privação? Não é uma privação”, comentou.