Ato em Brasília vira assunto na CNN dos EUA e deputado pede extradição de Bolsonaro
Político norte-americano defendeu que ex-presidente é um "homem perigoso" e se refugia na Flórida para "se esconder da responsabilidades de seus crimes"
Publicado em 08/01/2023 às 20:10,
atualizado em 08/01/2023 às 20:10
Os atos golpistas e de vandalismo que tomaram conta de Brasília neste domingo (8) foram assunto até na CNN dos Estados Unidos. O canal de notícias exibiu a fala do deputado democrata Joaquin Castro, do Texas, que defendeu a extradição para o Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Flórida desde 30 de dezembro.
O âncora da CNN Brasil associou os ataques às sedes dos três poderes em Brasília à invasão do Congresso norte-americano em 6 de janeiro de 2022 por apoiadores do ex-presidente Donald Trump. O jornalista ressaltou a destruição dos prédios na capital federal brasileira por manifestantes antidemocráticos, contrários à eleição de Lula (PT) nas urnas.
Segundo Joaquin Castro, os atos pró-Jair Bolsonaro têm clara inspiração naqueles que tomaram Capitólio, nos EUA, por defensores de Trump. O político norte-americano afirmou que o ex-presidente brasileiro fugiu antes da posse de Lula com medo de possíveis investigações. Ainda classificou o antigo chefe do Executivo como um “homem perigoso”.
Em seguida, questionado pelo jornalista, Castro reafirmou seu pedido para que o ex-presidente seja colocado em um avião e volte para cá o quanto antes. “Bolsonaro não deveria estar na Flórida, e os Estados Unidos não deveriam oferecer refúgio a ele, que inspirou o terrorismo no Brasil. Ele deveria ser enviado de volta para o Brasil”, frisou.
No Twitter, o político estadunidense acrescentou: “Eu me posiciono junto a Lula, presidente democraticamente eleito do Brasil. Terroristas e fascistas não podem usar a cartilha de Trump para minar a democracia. Bolsonaro não deve se refugiar na Flórida, onde ele vem se escondendo da responsabilidade de seus crimes”.
Os atos em Brasília também dominaram as emissoras brasileiras. A Globo interrompeu sua programação para cobrir as manifestações, classificadas como “terrorismo”. Os ocorridos na capital federal também se tornaram o principal assunto dos canais de notícia. Já Record e SBT pouco falaram do tema e, por isso, receberam críticas nas redes sociais.