Estúpido Cupido

Marco da evolução: Há 45 anos, Globo dava adeus a última novela em preto e branco

Emissora deu um ponto final a suas produções não coloridas


João Carlos Barroso e Ney Latorraca em cima de lambretas em Estúpido Cupido. Foto: Acervo/Globo
Marco da evolução: Há 45 anos, Globo dava adeus a última novela em preto e branco - Foto: Reprodução
Por Thomaz Rocha

Publicado em 28/02/2022 às 07:05,
atualizado em 28/02/2022 às 12:19

Ao longo dos anos, as emissoras se preocupam em estar sempre atualizadas com as ferramentas tecnológicas disponíveis para oferecer ao telespectador um produto de qualidade. A Globo sempre teve esta premissa como um de seus principais objetivos na programação. Um importante passo da evolução da emissora foi a abolição da TV em preto e branco para abrir caminhos para a imagem em cores de suas produções.

Nesta segunda-feira (28) é lembrada os 45 anos que o canal se despediu de vez da antiga tecnologia, sobretudo na teledramaturgia, data em que foi ao ar o último capítulo de Estúpido Cupido, última novela da história brasileira gravada em preto e branco.

Em outros horários, quatro anos antes, O Bem Amado (1973) já havia dado pinta em cores às 23h, considerada a primeira novela com esta tecnologia. Na lista das novela das 8, a última em preto e branco foi Escalada, em 1975, e O Noviço (1975), no horário das 6. 

Mesmo embora os dois últimos capítulos de Estúpido Cupido tenham sido exibidos já em cor, mostrando os destinos dos personagens ao mudar a ação de 1961 para 1977, na contemporaneidade, a trama de Mario Prata ficou marcada também por ter sido um grande sucesso dos anos 1970 para o horário das 7 horas. 

Relembre Estúpido Cupido, última novela em preto e branco da Globo

Marco da evolução: Há 45 anos, Globo dava adeus a última novela em preto e brancoFrançoise Forton na pele da Tetê, a protagonista de Estúpido Cupido - Foto: Acervo/ Globo

A trama central de Estúpido Cupido mostrava o sonho de Tetê (Françoise Forton) em virar miss Brasil e ir embora da sua cidadizinha, Albuquerque, para tentar a vida na capital. Ela sofria com a resistência de seu namorado, o ciumento João (Ricardo Blat). Entre os conflitos de Tetê e João, quem ganhava a cena mesmo é Mederix (Ney Latorraca), representante da juventude transviada de Albuquerque. Ele não passava de um bon vivant, fã de Elvis Presley e líder de um conjunto de rock, marcou a novela com sua inesquecível lambreta Brigitte.

Além de seu elenco afiado, que também contava com Leonardo Villar, Maria Della Costa, Elizabeth Savalla e João Carlos Barroso, a trilha sonora repleta de hits dos anos 1960 bombou no folhetim. 

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