Bombando

Em guerra com Bolsonaro, Jornal Nacional vira o programa mais sintonizado da TV

Atração teve participação maior que Império


William Bonner e Renata Vasconcellos apresentando o Jornal Nacional
Jornal Nacional foi mais visto que Império - Foto: Reprodução/Globo

O Jornal Nacional tem chamado a atenção do público e foi o programa mais sintonizado da TV brasileira. O telejornal vive um grande conflito com o governo do presidente Jair Bolsonaro e as pautas sobre a crise sanitária no país por causa da pandemia da Covid-19 vem obtendo bons índices de audiência, superando Império (2014-2015) na semana passada.

De acordo com dados da Kantar Ibope do Painel Nacional de Televisão (PNT) obtidos pelo NaTelinha junto a fontes do mercado, de segunda (21) a sexta-feira (25), o JN consolidou com uma participação de 39,2%, tendo 24,6 pontos de média. O telejornal superou a reprise da novela de Aguinaldo Silva na semana passada.

De segunda a sexta, Império registrou 26,4 pontos, mas teve um share de 36,7%. Já no sábado (26), o folhetim ficou com 15,9% de participação e 23,1 de média. No mesmo dia, o Jornal Nacional obteve 22,9 pontos e 16,9% de televisores sintonizados na Globo no horário da sua exibição.

Desde março do ano passado, o Jornal Nacional tem feito extensa cobertura da pandemia da Covid-19, principalmente no Brasil. Nas últimas semanas, a produção tem mostrado todos os detalhes da CPI da Covid e fazendo fortes críticas ao governo Bolsonaro pela forma de agir na crise sanitária.

Jornal Nacional e os 500 mil mortos

Em guerra com Bolsonaro, Jornal Nacional vira o programa mais sintonizado da TV

No início do Jornal Nacional do dia 19 de junho, ao invés da costumeira escalada com a música tema do noticiário, William Bonner e Renata Vasconcellos chamaram as notícias em silêncio. No destaque, os apresentadores anunciaram o triste número de 500 mil pessoas vítimas da Covid-19 registrado neste final de semana. Após a abertura do Jornal, também foi exibido um vídeo relembrando as vítimas. Bonner e Renata vestiam roupas pretas, em sinal de luto pelas pessoas que perderam a vida para a doença.

"É muito comum se ouvir aqui, os números falam por si, mas também é verdade que os números não dizem tudo. 500 mil vidas brasileiras perdidas na pandemia significam milhões de pessoas enlutadas pela ausência de um parente ou de amigo. Milhões!", comentou Bonner ao abrir o jornal.

O JN exibiu naquele dia diversas matérias em relação a Covid-19, como críticas ao governo na demora em comprar vacinas, a aposta de remédios sem nenhuma eficácia no tratamento precoce da Covid, os exemplos negativos do presidente Jair Bolsonaro, entre outros assuntos.

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