Valeu a pena

Em 2006, Record arrematou A Paixão de Cristo e atropelou o SBT

A Paixão de Cristo entra novamente em cartaz na Record nesta sexta-feira (10)


Jim Caviezel e Mel Gibson
Mel Gibson e o ator Jim Caviezel em A Paixão de Cristo (2004) - Divulgação/Fox

Numa guerra de filmes entre Record e SBT que dividia as atenções aos domingos na faixa das 20h30, o canal do bispo Edir Macedo bombou no Ibope em 2006 com a exibição de A Paixão de Cristo, longa que será reprisado nesta sexta-feira (10) na sessão Super Tela a partir das 22h30.

O filme de Mel Gibson sobre Jesus Cristo rendeu à Record 20 pontos de audiência em 3 de dezembro de 2006, como parte de sua programação especial de fim de ano.

Meses antes, a Fox leiloou o filme entre as redes abertas. A Record acabou oferecendo mais dinheiro e arrematou a produção de 2004.

A Paixão de Cristo, no entanto, tinha um problema, o que pode ter feito a Globo não fazer muita questão de exibi-lo: teria que ser transmitido legendado. Era a condição que tanto a Fox quanto Mel Gibson empunham, já que deu trabalho fazê-lo nos idiomas da época, como o aramaico, latim e hebraico.

Jogar tudo isso fora estava de cogitação e a Globo pode ter acreditado que o dinheiro não valeria a pena, já que o número de pessoas que sintonizaria a produção não compensaria.

Ainda que fosse legendado, a Record apostou em seu potencial e recheou a programação de chamadas, alardeando sua estreia.

Dito e feito. A Paixão de Cristo cravou 20 pontos de Ibope na Grande São Paulo, contra 27 da Globo e 10 do SBT. Nos 10 minutos finais, aliás, ficou em primeiro lugar, já sem o Fantástico.

Filmes eram cartas na manga

Ao contrário de hoje, em 2006 os filmes ainda protagonizavam números extremamente expressivos e grandes embates na TV. A Record mesmo se armava com produções da Universal Studios e MGM aos domingos à noite, além de longas avulsos da Fox.

Enquanto isso, o SBT apostava em filmes da Warner para o seu Oito e Meia no Cinema, icônica sessão de filmes que já não começava mais pontualmente às 20h30.

A guerra perdeu força entre 2008 e 2009, quando os filmes passaram a entrar em decadência na TV e Silvio Santos retomou as noites do canal com seu programa dominical.

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