Memórias da Telinha

Em 2000, Tom Cavalcante demorou um ano para estrear programa na Globo

Tom Cavalcante demorou dois anos até ganhar um programa seu


Tom Cavalcante com seu Megatom
Programa de Tom Cavalcante na Globo, o Megatom - Reprodução/TV Globo

Em alta no final dos anos 1990 como o Ribamar de Sai de Baixo e com enorme potencial para ter um programa para chamar de seu na Globo, Tom Cavalcante começou a desenhar seu Megatom ainda no primeiro semestre de 1999.

As gravações do programa, que inicialmente seria apresentado nas noites de sábado - numa disputa que o Zorra Total acabou vencendo -, começaram em abril de 1999 em São Paulo. Ao jornal O Globo, o humorista admitiu que foram dois anos no aguardo de ter uma atração sua.

Algumas semanas após o início das gravações, Tom Cavalcante, depois de participar do Sai de Baixo, se despediu da plateia, acreditando que daria um tempo do humorístico para se dedicar somente ao Megatom. A Globo não gostou nada da precipitação de Tom e o puniu, suspendendo o projeto de seu programa.

Logo depois, aceitou as desculpas do humorista, que diz ter pecado pela "inexperiência" em se despedir do público no teatro onde o Sai de Baixo era gravado.

Dezenas de personagens

Em 2000, Tom Cavalcante demorou um ano para estrear programa na Globo

O programa foi desenvolvido por um ano e deslocado para as tardes de domingo, sofrendo uma série de ajustes para se adequar ao horário. O Megatom foi ao ar em 20 de fevereiro de 2000 com mais de 20 personagens.

O objetivo era fazer com que a audiência da Globo se distanciasse do SBT, que naquela época surfava no primeiro lugar com os games de Silvio Santos e o Domingo Legal, de Gugu Liberato (1959-2019).

O investimento da Globo foi alto. Cada episódio do Megatom custava, em média, US$ 60 mil. Elogiado pela imprensa e público, o primeiro programa cravou 32 pontos de média, vencendo Gugu. E ajudou Faustão no Ibope.

Megatom era o típico programa de esquetes, montado para destacar as habilidades de seu protagonista.

Atritos na equipe

Ainda que Tom Cavalcante tenha conseguido a proeza de bater Gugu no SBT, o Megatom passou por atritos na equipe.

A equipe de redação, que era coordenada por Claudio Paiva, queria priorizar esquetes, enquanto a direção chefiada por Maurício Tavares manifestava o desejo de investir em musicais e quadros de imitação.

O Megatom saiu no ar em maio de 2001 por conta dos campeonatos estaduais e não retornou mais à programação da Globo. Em 2004, Tom Cavalcante migrou para a Record, num negócio que surpreendeu o mercado.

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