Luiz Caldas defende Fricote, mas garante: "Não escreveria hoje"
Canção é conhecida pelo refrão "Nega do cabelo duro"
Publicado em 18/02/2020 às 10:40
Em clima de Carnaval, Luiz Caldas participou do Mais Você nesta terça-feira (18) e fez uma retrospectiva da sua carreira. Após assistir ao clipe da música Fricote ao lado de Patrícia Poeta e Fabrício Battaglini, o artista garantiu que não escreveria a letra nos dias de hoje por causa do “politicamente correto”.
“Essa música é polêmica, mas é outra época”, afirmou Patrícia. “É outra época. Eu acredito que hoje Os Trapalhões não existissem se fosse criado hoje em dia. Hoje existe o politicamente correto e, às vezes, necessário também”, explicou o cantor de axé.
Logo em seguida, ele garantiu que não faria a composição nos tempos atuais, porém, compreende que a letra surgiu em outro período do país. “Eu não escreveria essa canção hoje, com a letra desta forma. Mas existe, faz parte da história, é alegre, super positiva”, comentou.
Fabrício questionou se a canção é tocada em seus shows e Luiz confirmou que faz parte da sua trilha. “Claro, às vezes eu toco e às vezes não, porque são muitas músicas, graças a Deus”, confessou.
Luiz Calda e o sucesso de Fricote
Um dos maiores nomes do axé, Luiz Caldas estourou nas paradas de sucesso na década de 80 e a música Fricote se popularizou após o Fantástico exibir o clipe da música em 1985. O ritmo embalou diversos Carnavais de Salvador e até hoje levanta o público em trios elétricos da festa mais popular do Brasil.
Fricote conta a história de uma mulher negra que tem cabelo crespo – a letra menciona os fios da mulher como “duro” – e não gosta de pentear. Com ritmo sensual, a música surgiu por conta de uma “suposta” ironia de um rapaz com uma moça em um bar, na praça principal da cidade de Simões Filho, conforme dito por Caldas em entrevistas.