Pirataria

Record Rio acusa Band de exibir imagens de sequestrador morto sem autorização

Rio de Janeiro acorda com terror


Cena do sequestro
Reprodução

O "Aqui na Band" desta terça-feira (20) falou sobre o caso do homem que sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói que foi morto a tiros pela polícia na manhã de hoje.

O programa de Silvia Poppovic e Luís Ernesto Lacombe exibiu o momento exato em que o sequestrador levou um tiro disparado por um atirador de elite da Polícia Militar.  Acontece que as imagens seriam exclusivas da Record Rio, feitas pelo cinegrafista Fábio Calistra. Pelo menos é o que garante a emissora.

Em contato com o NaTelinha, a Record Rio diz ainda que está "notificando nosso jurídico para providências".

Na Band, em um primeiro momento, o apresentador Luís Ernesto Lacombe chegou a dizer que cena era exclusiva, entretanto, pouco depois, corrigiu a informação e avisou que o vídeo estava circulando pelas redes sociais.

 A reportagem entrou em contato com o canal do Morumbi sobre a suposta utilização do vídeo da Record, porém não houve resposta até o fechamento desta matéria.

Já na faixa do meio-dia, durante o "RJTV", a Globo também exibiu o exato momento em que o sequestrador leva um tiro da polícia e morre, por sua vez, creditando as imagens à Record.

O NaTelinha apurou que no início da tarde, o diretor do "Aqui na Band", Vildomar Batista, entrou em contato com o presidente da Record Rio, Fabiano Freitas, para se desculpar pelo ocorrido. Ao fim da conversa, o pedido foi aceito pelo executivo.

Record Rio acusa Band de exibir imagens de sequestrador morto sem autorização

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O caso

Um homem entrou por volta de 5h30 num ônibus da linha Jardim de Alcântara (São Gonçalo) - Estácio (Centro do Rio), portando uma arma de brinquedo e um galão de gasolina.

Depois de três horas e meia, o bandido desceu do veículo, foi baleado por atiradores de elite e morreu.

Havia 37 pessoas no ônibus, segundo informações do UOL, sendo seis reféns, quatro mulheres e dois homens.

O trânsito foi bloqueado nos dois sentidos da ponte. Ainda não se sabe o que motivou a ação do criminoso.

Assunto domina as TVs

Diversos telejornais derrubaram suas pautas e exibiram ao vivo o sequestro. O “Bom Dia Brasil” continuou passando outras reportagens, porém, relatando informações do crime a cada cinco minutos. Já o jornal local do Rio de Janeiro ficou integralmente mostrando o episódio tenso no estado.

Seguindo no caso, a atração apresentada por Chico Pinheiro e Ana Paula Araújo foi esticada por mais 17 minutos. Após a polícia dar um desfecho tático ao crime, os jornalistas passaram o bastão para Ana Maria Braga. Rapidamente, a loira lamentou o ocorrido no “Mais Você”.

“É muito difícil acordar com esse tipo de notícia, esse sequestro que teve um desfecho agora”, comentou a apresentadora, chamando a equipe de jornalismo da Globo para dar mais informações sobre o crime. 

No "Mais Você", Juliana Paes também comentou sobre o sequestro na ponte Rio-Niterói e a violência no Rio de Janeiro.

“A gente quando se depara com esse tipo de situação, o que a gente pensa é o que vai ser daqui pra frente. Eu já imagino meus filhos querendo sair, querendo fazer as coisas e não poderem. A gente mesmo já começou a limitar as coisas, nossas ações aqui no Rio de Janeiro”, disse a atriz.

“A gente não vai pra determinados lugares mais”, opinou Ana Maria. “A gente não vai. A gente tem medo. É muito triste viver assim. Nunca na minha vida tinha cogitado morar em outro lugar, sair do Rio [de Janeiro], do Brasil, nunca. Amo meu país, amo as pessoas, amo os brasileiros”, continuou o desabafo.

“A gente fala ‘Ah, vamos sair. Vamos jantar. Vamos passear’, mas a gente se vê deixando de fazer as coisas por medo. Essa sensação de viver presa, essa liberdade que nos falta é muito angustiante”, declarou Juliana.

Ana Maria Braga então falou sobre o rapaz que realizou o sequestro na madrugada desta terça: “Fico me perguntando o que se passa na cabeça de uma pessoa assim. Um rapaz jovem, o que levou ele a fazer isso. Esse rapaz tem mãe, tem família, tem tudo. A gente fica olhando para o outro lado se perguntando que é o negócio da empatia, porque precisamos olhar para o outro lado. O que levou esse jovem a tomar essa atitude tão violenta”.

“Pelas reportagens que a gente acompanhou, foi uma atitude premeditada. O que levou a ele tomar essa atitude tão extrema? Que dor é essa? Que angústia é essa? Aparentemente tem boa aparência. Você se pergunta: ‘meu Deus, por quê?’”, finalizou Juliana Paes.

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