Sem trato

Globo pediu R$ 21 milhões por sessão de filmes patrocinada, mas empresa recusou

Pedida milionária da Globo não foi aceita por empresa; emissora acabou criando o "Cinemaço"


Angeline Jolie
Angeline Jolie é Lara Croft em "Tomb Raider", filme que entrou em cartaz no "Festival Rexona de Cinema" - Divulgação

Há quatro semanas no ar, o "Cinemaço" só foi criado porque a Unilever, empresa que patrocinava o "Festival Rexona de Cinema", recusou um novo contrato para prolongar a sessão de filmes até dezembro.

Segundo apurado pelo NaTelinha, a Globo propôs em plano comercial que a sessão de filmes fosse ao ar entre 2 de junho e 29 de dezembro, após o "Domingo Maior", totalizando 31 exibições. O valor da cota pedido foi de pouco mais de R$ 21 milhões (à vista), incluindo 310 inserções na programação da emissora.

O canal ainda listou uma mídia complementar opcional com mais 15 inserções na grade de 30 segundos em programas consagrados, como o "Domingão do Faustão", "Mais Você" e as novelas em horário nobre. O preço proposto foi de pouco mais de R$ 4 milhões, também à vista.

Uma cota digital, também opcional, englobando o GShow e áreas exclusivas do Globoplay, também foi ofertada por um valor de pouco mais de R$ 2 milhões.

A proposta valeria até às 16h do dia 24 de maio. Segundo levantamento feito pela Globo, 83% do público passaram a considerar mais os produtos da marca após a sessão de filmes.

Procurada pela reportagem para comentar os valores, a Comunicação da Globo respondeu que a estreia do "Cinemaço" não tem qualquer relação com a "Sessão Rexona de Cinema".

De acordo com a emissora, o período da sessão foi determinado entre os dias 28 de abril e 26 de maio, com a exibição de cinco títulos aderentes ao conceito da marca patrocinadora. "Projetos como este são pontuais, totalmente customizados e fazem parte busca constante da Globo por inovação na geração de novas oportunidades de negócios e do compromisso em entender as demandas e objetivos de nossos parceiros comerciais", disse em nota.

Globo pediu R$ 21 milhões por sessão de filmes patrocinada, mas empresa recusou

Sem trato

Como a empresa não aceitou o acordo, a Globo optou por manter os gêneros dos filmes exibidos na faixa e criou o "Cinemaço".

Filmes mais comerciais passaram a ter preferência no horário, o que ocasionou no fim da "Sessão de Gala", uma das mais tradicionais da emissora e da TV.

No ar desde 1976, a sessão ia ao ar nas madrugadas de sábado para domingo depois do "SuperCine" até 2003. Há 16 anos era exibido de domingo para segunda, depois do "Domingo Maior".

Com transmissão de filmes premiados pelo Oscar, Globo de Ouro, ou mais cults, a "Sessão de Gala" ganhou o status de sessão mais "chique" da TV aberta.

Apesar de optar por filmes com uma carga dramática mais forte, a sessão não se restringia a um gênero, mostrando diversos outros que tenham sido premiados e dando espaço também aos longas produzidos fora dos Estados Unidos.

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