Os Saad

Com crise familiar, Band acumula dívidas que ultrapassam R$ 1 bilhão


Johnny Saad
Johnny Saad é presidente da Band desde março

A Band enfrenta sua pior crise financeira da história. Segundo dados liberados nesta semana em reportagem do portal Brazil Journal, a empresa da família Saad acumula dívidas que estão na casa de R$ 1,2 bilhão.

Os números assustam e, segundo também apurou o NaTelinha, são frutos, além de tudo, de uma profunda crise familiar por conta dos resultados insatisfatórios que o Grupo Bandeirantes vem acumulando nos últimos anos.

A emissora estava no sétimo degrau na avaliação FITCH Ratings, empresa responsável por analisar a qualidade do crédito da empresa em títulos de dividas. O total do ranking possui 11 etapas. “A nota do Grupo Bandeirantes caiu de B – altamente especulativa – para CCC, que significa risco de crédito substancial”, explicou a nota da empresa divulgada em 2017.

“A posição de mercado da RTB (Rádio e TV Bandeirantes) é fraca, e a Fitch não estima qualquer melhoria relevante na participação de mercado da companhia, devido ao intenso cenário competitivo. A companhia é a quarta maior operadora de TV do Brasil, com aproximadamente 4% da parcela de mercado, em um setor altamente concentrado no país e dominado pela Globo Participações S.A”, ressalta Alvim Lim, analista responsável pelo relatório.

Importante ressaltar que boa parte da dívida da Band está nas mãos de bancos que certamente estão cobrando juros. Outra parcela significativa é com credores. A emissora deve, inclusive, direitos de futebol à Globo.

Por conta de toda a crise financeira e de audiência – atualmente a Band sofre para manter a quarta colocação, segundo números da Kantar Ibope para a Grande São Paulo –, as irmãs Márcia e Leonor estariam dispostas a levar até a última consequência a intenção de destituir Johnny Saad do cargo máximo da empresa. A família trava uma disputa pelo controle do Grupo Bandeirantes entre os acionistas.

Especula-se nos bastidores que as irmãs não pretendem usurpar o poder de Johnny, mas querem a profissionalização de todos os segmentos do grupo e que o CEO, cargo ocupado por ele desde 1999, seja trocado a cada três anos.

Em 2014, foi divulgado amplamente pela imprensa a especulação de que a Band poderia ser vendida para o Grupo Turner que, à época, estava dentro da emissora ajudando na produção do “CQC” e do “Masterchef”. Entretanto, isso acabou não se concluindo.

Procurada pelo NaTelinha, a Band disse que não irá se manifestar sobre o assunto.

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