Justiça

Record TV faz acordo e consegue se livrar de condenação por ofensa à religiões afro


Logo da Record
Divulgação

Condenada em abril de 2018 por ter ofendido religiões afro-descendentes em seus programas, a Record TV fez um acordo e conseguiu atenuar as condenações que foram impostar pela Justiça.

O acordo foi feito junto ao Tribunal Regional Federal da Terceira Região, o mesmo que condenou a emissora meses atrás. O responsável pelo acordo foi o desembargador Nery Júnior, vice-presidente da corte, que enviou o caso para o desembargador Paulo Fontes, coordenador do Gabinete de Conciliação do TRF-3.

Lá, Paulo homologou e confirmou a celebração. Tal acordo tirou a obrigação da Record TV de exibir oito programas produzidos pelo Ministério Público, juntamente com o Instituto Nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira (Itecab) e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade (Ceert).

Agora, a emissora só precisa exibir quatro deles, e não mais na programação da principal emissora, e sim na Record News, onde funcionava a antiga Rede Mulher de Televisão, que faz parte da ação civil pública.

Os vídeos irão começar a ser produzidos assim que a Record TV pagar a indenização estipulada para a produção. Tais programas devem ter no máximo 20 minutos e serão de responsabilidade do Itecab e da Ceert.

O processo faz parte de um processo aberto em 2003 pelo Ministério Público, depois da exibição em atrações da Igreja Universal do Reino de Deus, tanto na Record TV quanto na extinta Rede Mulher, de um programa chamado "Mistérios".

Nele, havia o quadro chamado "Sessão do Descarrego", onde pastores da igreja apresentadores associavam doenças e desvios de caráter sérios das pessoas à ação de espíritos do candomblé e da umbanda, religiões afro-brasileiras.

Em abril, a Record TV havia sido condenada a exibir 16 horas desse conteúdo, o que foi considerado uma das maiores vitórias contra o preconceito as religiões afro-descendentes em todos os tempos.

Procurada pelo NaTelinha, a emissora ainda não se pronunciou sobre o acordo. Caso o faça, o texto será atualizado.

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado