Emissoras concorrentes reclamam de privilégios no "Teleton" para artistas do SBT
Publicado em 11/10/2018 às 15:21
A causa é nobre, mas nos bastidores da produção o ego está em alta. Um estranhamento está ocorrendo entre algumas TVs que liberam seus artistas para irem ao "Teleton" e a equipe que formata o evento solidário exibido pelo SBT.
Fontes ouvidas pelo NaTelinha reclamam de uma falta de isonomia quando fecham o roteiro do programa na escalação do elenco do SBT e o casting das emissoras concorrentes.
A maior crítica é que artistas das outras TVs são direcionados para faixas de exibição com share de audiência mais baixo, com isso, dando preferência para que o horário nobre esteja no palco os contratados do SBT.
Ainda de acordo com relatos, no ano passado, uma emissora teria conseguido reverter essa situação somente quando endureceu as conversas e ameaçou dar uma contra ordem e não liberar mais nenhum nome.
Além disso, citam que muitas vezes o canal de Silvio Santos comemora os índices de audiência durante o "Teleton" em cima da Globo e Record TV, que contribuíram cedendo seus artistas para o êxito da maratona. Essa atitude vem gerando um grande mal estar entre alguns executivos das emissoras.
Um diretor de TV recordou ao NaTelinha o ano de 2015, quando Silvio Santos exibiu no encerramento do "Teleton" trechos do programa "Máquina da Fama", que era apresentado por Patrícia Abravanel.
Na avaliação deste profissional, tal atitude teve a intenção de gerar uma vitrine para a herdeira do SBT no momento em que o especial atingia seu pico de audiência. O mesmo tratamento não acorre com o casting das TVs concorrentes que cederam seu elenco.
Neste ano, a Band foi o primeiro canal que sinalizou a liberação de suas estrelas. Também liberaram elenco a Record TV, Globo e RedeTV!, que já confirmou a participação de Luciana Gimenez.
Procurada pelo NaTelinha, a assessoria do SBT nega que ocorra este problema no "Teleton" e que as conversas com os convidados seguem normalmente para acerto de agendas e roteiro.
O "Teleton 2018" acontece nos dias 9 e 10 de novembro.
A maratona beneficente existe no Brasil desde 1998, quando Hebe Camargo levou a ideia para Silvio Santos, que aprovou o projeto. Desde então, anualmente, o SBT abre mão de mais de 24 horas de sua programação para uma maratona de atrações para arrecadar fundos. para a AACD.
Neste ano, a meta é conseguir R$ 30 milhões. Após a morte de Hebe, a madrinha do evento é Eliana, que forma par com Daniel como padrinho. Celso Portiolli é o padrinho da campanha digital e, neste ano, Maísa Silva assume como madrinha digital.