Liberdade criativa?!

9 mentiras ou "liberdades artísticas" que O Rei da TV contou sobre Silvio Santos

O Rei da TV estreou novos episódios na última quinta-feira (29)


José Rubens Chachá interpreta Silvio Santos na série
José Rubens Chachá interpreta Silvio Santos - Foto: Divulgação

A segunda temporada de O Rei da TV estreou na última quinta-feira (29) pelo Star+ e nessa nova remessa de oito episódios, a equipe usou e abusou da "licença poética" para criar e inventar situações que jamais aconteceram na vida real. O ponto de partida, desta vez, é sobre o colapso que o Banco PanAmericano sofreu em 2010.

Ao longo da série, a produção utilizou tempos distintos para retratar alguns dos fatos que marcaram a vida de Silvio Santos, como o sequestro que ele e Patrícia Abravanel sofreram em 2001, o surgimento do Ibope em tempo real, a perda da liderança do seu programa para Faustão e até a criação da Casa dos Artistas.

A primeira temporada já havia sido alvo de descontentamento das filhas. Daniela Beyruti, filha número três, afirmou que a história é "mal contada" e repleta de "inverdades" com um "personagem arrogante". A filha número dois, Silvia Abravanel, fez coro e adjetivou o produto como "uma lástima".

A tendência é que a revolta aumente, já que no seriado, Patrícia tem um caso com um dos rapazes da banda Dominó. Em O Rei da TV, chamada de Ludo.

Confira:

Silvio Santos contrata profissional para o novo SBT

No final dos anos 1980, Silvio Santos queria tirar o primeiro lugar da Globo. Para isso, contratou Karan (Erom Cordeiro) na série, que até então era empregado do Magazine Piauí (provavelmente numa referência ao Magazine Luiza) e queria tirar investimentos do SBT porque acreditava que a programação era popularesca.

A tentativa deu com os burros n'água depois que Karam mexeu e remexeu na programação e promoveu a primeira derrota na história do Programa Silvio Santos logo na estreia de Faustão. Como mudança, tirou a plateia e engessou o Homem do Baú. O que obviamente, nunca aconteceu.

Provavelmente, o seriado se inspirou no ano de 2006, quando Silvio contratou Ricardo Valladares, então jornalista da revista Veja. Valladares foi diretor artístico e promoveu mudanças na grade, mas que não deram certo. O SBT perdeu o segundo lugar para a Record.

Estreia do Domingo Legal

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Um dos programas mais exitosos na história do SBT estreou em 17 de janeiro de 1991, segundo a série. Mas, basta uma rápida pesquisa para descobrir que isso aconteceu dois anos mais tarde. Não por acaso, a atração comemorou 30 anos de existência em janeiro com muita comemoração.

Além disso, a série mostrou um Gugu (Paulo Nigro) extremamente obcecado em conseguir o domingo e apresentando diferentes ideias para Silvio, que se viu sem saída após prometer um dominical para seu pupilo depois de tê-lo tirado da Globo.

Van Damme na estreia e o Sushi Erótico

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A estreia do Domingo Legal na série casou com a estreia do Domingão do Faustão (1989-2021), sendo que começaram em datas diferentes. Na ânsia de incluir elementos clássicos na ficção, a produção de O Rei da TV colocou tudo no mesmo balaio e mostrou a célebre ereção do astro Van Damme enquanto dançava com Gretchen no primeiro programa de Gugu. O fato aconteceu somente em 2001.

Como se não bastasse, tudo isso foi acompanhado de maneira presencial por Silvio Santos no switcher. A cada gingado no palco, Silvio ia à loucura ao passo que os números do Ibope subiam.

A guerra do Ibope

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O Rei da TV também mostra a guerra pela audiência aos domingos e um fato chamou a atenção: a tática que Silvio Santos usou para bombar seu próprio programa. Ela consistia em fazer com que quando o Domingo Legal estivesse no seu pico, passasse a bola para Silvio imediatamente.

Obviamente, isso era inviável, já que o Domingo Legal sempre teve seu horário de início e fim definidos. Não era possível encerrar o programa imediatamente para que Silvio pegasse o bastão no alto.

Na série, ainda, Silvio apresentou exclusivamente o Show de Calouros.

Silvio Santos Night Show

Em uma das tentativas de Karan em qualificar a audiência do canal, Karan criou o Silvio Santos Night Show, uma espécie de Jô Soares Onze e Meia do dono do SBT. Esse programa nunca existiu.

Datas bagunçadas

O Rei da TV ignorou praticamente a maioria das datas e misturou as bolas. Com exceção do rombo do PanAmericano de 2010 e das eleições de 1989, o seriado colocou, por exemplo, o PCC do Gugu, o sequestro de Silvio e Patrícia, além da análise do Big Brother no ano de 1999 e tudo acontecendo ao mesmo tempo, fervendo a cabeça do Homem do Baú.

O caso de Patrícia

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Se as filhas não gostaram da primeira temporada da série, certamente não vão gostar dessa. Nela, Patrícia Abravanel tem um romance "proibido" com um dos integrantes da banda Dominó no final dos anos 80. O que obviamente não aconteceu, já que naquele tempo, Patrícia era uma criança.

Durante o romance, vemos um duro Gugu Liberato. Em O Rei da TV, ainda, o loiro surgia como um carrasco das próprias filhas do patrão e até de Íris Abravanel.

Banheira do Gugu

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Como surgiu a ideia da Banheira do Gugu? Na série do Star+, isso aconteceu enquanto Silvio e Gugu discutiam possibilidades para aumentar a audiência do domingo. O dono do SBT viu as filhas brincando na piscina e pensou que mulheres bonitas impedindo homens de pegarem sabonetes poderia ser uma boa ideia.

Na vida real, o quadro foi criado por Homero Salles, como ele mesmo relatou ao NaTelinha em janeiro.

E a Casa dos Artistas?

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Já no final da série, Silvio anuncia para a família, após o sequestro, que fará um programa chamado Casa dos Artistas e que seria líder de audiência. Tudo isso acontecendo em 1999.

O Big Brother é apresentado ao dono do SBT por meio de Karan, ex-diretor artístico da emissora, que avisa que a Globo já está de olho no formato. Aquele que foi dispensado por fazê-lo perder para Faustão. Agora trabalhando para uma produtora internacional, oferece a ideia do reality show e diz que é um programa que mescla novela, game e vida real.

Silvio duvida que as pessoas se interessariam por isso, mas começa a ler o manual do programa. Durante seu sequestro, diz para Fernando Dutra Pinto, seu próprio sequestrador, que o interesse das pessoas pelo drama da vida real existe, e o questiona se ele assistiria um programa nesses moldes, mas com gente famosa dentro de uma casa. O criminoso enfatiza que sim.

Na realidade, o lançamento do reality e o sequestro realmente estiveram próximos, mas em 2001. Nunca se teve notícias de que o sequestro tenha potencializado a ideia em lançar o reality show. De fato, Silvio realmente teve acesso ao manual do BBB e o utilizou para lançar sua Casa dos Artistas meses depois, enfurecendo os holandeses.

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