Bolsonaro deixou vencer mais de 36 milhões de vacinas
Ex-presidente deixou o cargo e Ministério da Saúde teve de incinerar a medicação
Publicado em 23/07/2023 às 13:45
O Ministério da Saúde incinerou mais de 36 milhões de vacinas que estavam vencidas ou prestes a perder a validade. O levantamento mostra que as vacinas foram adquiridas pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e herdadas pela gestão de Lula (PT).
Segundo informações dadas pelo Metrópoles e confirmadas pelo NaTelinha, entre a medicação incinerada, 66% das vacinas eram contra a Covid-19, com 24,3 milhões de doses. Já 15% eram da vacina tríplice, ou DTP (difteria, tétano e coqueluche), com 5,6 milhões de doses. A vacina contra febre amarela teve 3,3 milhões de doses incineradas e representou 9% do total.
Foram descartadas, ainda, vacinas contra raiva canina, BCG (tuberculose grave), hexavalente (difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite B e Hib), catapora, tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora) e cólera.
O Ministério da Saúde informou que conseguiu salvar 12,3 milhões de vacinas com ações emergenciais neste semestre, resultando em uma economia de R$ 251 milhões. A pasta também ressaltou que retomou as campanhas de vacinação, negociou doações humanitárias e criou um comitê permanente para monitorar os estoques de imunizantes.
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“O Ministério da Saúde reitera o seu compromisso com o bem público e reforça que o esforço na utilização e distribuição dos insumos de saúde é um ato de respeito à população e responsabilidade com o povo brasileiro”, afirmou.
Até a publicação da reportagem, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que ficou inelegível por oito anos, ainda não havia se manifestado sobre o caso.