Coluna do Dia

Bastidores de Brasília: Lula fez jogo de cena e pode dar ministérios ao PP

Presidente cogita ter o partido de Lira após votação expressiva


Lula em foto
Lula quer PP - Foto: reprodução

Lula (PT) afirmou categoricamente em entrevista no Alvorada que não quer o PP em seu governo como base aliada. Tudo jogo de cena, no entanto. O presidente está muito interessado em ter o partido como parte de seu bloco no Congresso e já cogita uma minirreforma ministerial para ceder à volúpia de Arthur Lira.

Após a aprovação da MP que reestruturou os ministérios do novo governo, o presidente percebeu a fidelidade do partido de Lira e a obediência que os parlamentares tiveram ao chefe da Câmara. Ele garantiu que não irá ceder e que o PP seguirá na oposição, mas é tudo jogo de cena. Nos bastidores fala-se que, após um ou dois meses, quando a poeira baixar, o partido ganhará pelo menos dois ministérios e cargos de baixo escalão para seguir obediente.

Foi a contrapartida para se viabilizar no Congresso. Lira está louco para entrar com os dois pés no governo, principalmente depois que perdeu poder de negociação ao ver o presidente falar diretamente com deputados. Ele sabe que precisa recuperar espaço antes que seja rifado e, ser amigo de Lula hoje, é bem melhor que ser inimigo. Ao menos é o que se corre nos corredores do poder.

Marcos do Val passou vexame

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Marcos do Val (Podemos) vem dando uma sucessão de vexames. O senador bolsonarista entrou em 2023 prometendo que iria renunciar ao cargo após uma denúncia esquisita de que Bolsonaro queria dar um golpe, mas o objetivo era atingir o ministro do STF Alexandre de Moraes. O tempo passou e ele fingiu que não foi com ele.

Pouco depois, o parlamentar voltou a passar vergonha ao jurar de pé junto que é membro da SWAT. Na verdade ele fez um curso que qualquer cidadão pode fazer e que, obviamente, não o torna membro do grupo. Agora, ganhou o terno apelido de "manja rola", após insistir em perseguir Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça. Em Brasília, o senador virou chacota e essa fixação por Dino causa desconfiança.

Moro x Zanin

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Sérgio Moro (União Brasil) promete participar ativamente da sabatina de Cristiano Zanin para o STF. Como senador, ele tem todo o direito de entrevistar o candidato indicado pelo presidente Lula. Nos corredores fala-se que o parlamentar garante que irá trucidar o jurista porque quer envergonhá-lo publicamente.

Acontece que o discurso do ex-juiz da Lava Jato não tem sido bem aceito nas salas do Senado. Muita gente já está lembrando que foi o advogado quem conseguiu derrotá-lo e fazer com que Lula fosse inocentado das acusações, justamente por encontrar provas de suspeição do magistrado. A batalha promete ser das mais interessantes.

 E o PSDB?

Enquanto o PT tenta se colocar como o principal partido do país graças a Lula e Jair Bolsonaro (PL) procura se defender para não acabar inelegível, o PSDB tenta comer pelas beiradas. A legenda já está se organizando para voltar a crescer nas eleições 2024 e recuperar parte do protagonismo perdido.

A aliados, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul e presidente da sigla, vem informando que está prestes a fazer convites a muitos políticos pelo Brasil porque quer o PSDB sendo um dos principais partidos a ganhar prefeituras, seja em cidades pequenas ou em municípios maiores. A regra é vencer.

Rapidinhas de Brasília

  • Marina Silva não comemorou com o mesmo afinco a vitória do governo na MP dos ministérios. A ministra ainda espera que o Meio Ambiente não perca espaço, como aconteceu na votação e que o Senado reestabeleça o desenho entregue por Lula a ela, no ato do convite.

  • Geraldo Alckmin (PSB) e Fernando Haddad (PT) são hoje os queridinhos de Lula. Os dois se destacam, cada um em sua área e ganharam a admiração do presidente. O que se diz em Brasília é que, se nada mudar, eles é que caminham para tentar a vaga na sucessão em 2026.

  • Bolsonaro ainda não sabe se vai apoiar Ricardo Salles (PL) para a prefeitura de São Paulo. O ex-presidente espera o desempenho do correligionário na CPMI do MST para bater o martelo. O problema é que o político odeia Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito da capital e a outra opção.

  • Tabata Amaral não parece interessada em ser prefeita de São Paulo neste momento. A parlamentar já foi convidada pelo PSDB e tem aceitação dentro de seu partido, o PSB, para se lançar. Mas a aliados, ela tem dito que está satisfeita atuando no Congresso. A ver.

  • Lula chamou Arthur Lira de um aliado de primeira grandeza nos bastidores da última semana, enquanto negociava pelas costas do presidente da Câmara. Para saber a diferença, no entanto, ele tratou Rodrigo Pacheco (PSD), o presidente de Senado, como companheiro. Vindo dele, não é pouco.

  • Nikolas Ferreira está tentando mediar uma reaproximação entre Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o bolsonarismo. O vereador do Rio de Janeiro abandonou as redes sociais do pai e o deputado federal quer convencê-lo a retomar. O julgamento é que tudo parou depois disso.
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