Reginaldo Faria revela curiosidade dos bastidores de Tieta: "Quase não pude gravar"
Ator vibra com reprise da novela em comemoração pelos 60 anos da TV Globo
Publicado em 27/11/2024 às 05:27,
atualizado em 27/11/2024 às 08:10
Na próxima segunda-feira (2), Tieta está de volta no Vale a Pena Ver de Novo. A novela faz parte da programação especial pelos 60 anos da Globo, comemorados em 2025.
Em conversa exclusiva com o NaTelinha, Reginaldo Faria, 87, falou com empolgação sobre a trama escrita por Aguinaldo Silva e lançada em 1989, no horário nobre da emissora.
"É sempre interessante rever trabalhos antigos. É através deles que estamos sempre nos corrigindo para os trabalhos futuros. O ator é um ser inquieto e está sempre em busca do melhor", avalia.
Indagado sobre as lembranças que traz da época das gravações, Reginaldo se recorda com bom humor um incidente ocorrido nos bastidores envolvendo o diretor do folhetim, Paulo Ubiratan.
"Lembro que nas gravações em Mangue Seco dormíamos naquelas camas tipo beliche, e uma noite a cama do diretor Paulo Ubiratan desabou em cima de mim, que estava na cama de baixo. Quase não pude gravar no dia seguinte."
Reginaldo Faria
Em Tieta, o veterano interpretava Ascânio, secretário da prefeitura de Santana do Agreste, um homem honesto e idealista, destinado a implementar políticas de desenvolvimento na cidade.
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Questionado sobre a preparação para um personagem tão importante, Reginaldo diz ter seguido a própria obra, adaptada do conto Tieta do Agreste, de Jorge Amado.
"Minha preparação se baseava nas informações que a própria obra indicava. Pessoalmente, eu não vivi aquele momento. Para isso, serve a imaginação, a intuição e a criatividade do ator", explica.
Ator fala de Ascânio e da parceria com resto do elenco
Em Tieta, Ascânio quando jovem era um dos integrantes dos "Quatro Cavaleiros do Apocalipse", formado ainda por Amintas (Roberto Bonfim), Osnar (José Wilker) e Timóteo (Paulo Betti).
O personagem de Reginaldo Faria era o único dos amigos que saiu da cidade e voltou, anos depois, com ideias revolucionárias para fazer Santana do Agreste crescer e progredir.
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Sobre a repercussão do personagem, na época em que a novela foi ao ar pela primeira vez, o ator se disse bastante surpreso com a popularidade do Ascânio em Portugal.
"Estive em Portugal e as pessoas me chamavam de Escaninho. Achei carinhoso, mas eu não sentia o personagem desse jeito, porque ele era meio caladão em torno dos acontecimentos de sua função como prefeito."
Reginaldo Faria
Já sobre a parceria com os colegas, Reginaldo lamenta que tenham perdido contato e justifica. "Ator é um bicho engraçado. Quando grava novelas, faz filmes ou teatro, se une e quase forma família, mas depois não mantém tanto contato", observa.
Longe da TV desde o ano passado, quando interpretou Abílio em Fuzuê, o ator conclui a conversa revelando quais são seus projetos futuros. "Lançar meus livros baseados em roteiros de filmes e também a minha autobiografia!", finaliza.