Globo quer atriz negra para viver protagonista em remake de Vale Tudo
Emissora vai seguir investindo em representatividade, inclusive no remake
Publicado em 28/08/2023 às 06:47
A Globo procura uma atriz negra para viver a protagonista Raquel Acioli no remake de Vale Tudo. A aposta da emissora é manter a representatividade em todas as suas produções, inclusive quando a trama for uma visita a alguma obra do passado, como acontece com a produção de 1988 que ganhará nova versão em 2025.
Segundo apurou o NaTelinha, a alta cúpula da emissora carioca estudou uma forma de manter a representatividade estabelecida como critério prioritário nas escalações de elencos das novas novelas para o remake de Vale Tudo. O primeiro passo foi descartar a chance de Odete Roitmann (Beatriz Segall) ser negra. Aguinaldo Silva chegou a sugerir que a escolhida fosse Nany People.
A direção da Globo e a autora da nova versão, Manuela Dias, concordaram que o perfil da vilã não se encaixa com uma atriz negra porque a personagem se sente europeia e tem orgulho das origens brancas e ela teria de ser muito modificada, o que seria um risco. Ainda assim, a decisão era de manter personagens negros em papéis de destaque.
A primeira decisão é de que Raquel, a protagonista da história e que foi vivida por Regina Duarte na primeira versão, pode ser negra. Ainda que Maria de Fátima deva continuar branca, como Glória Pires nos anos 80, a mãe dela poderá ter a pele escura. Isso porque, caso seja levado o plano adiante, o pai da vilã será vivido por um homem branco. Na exibição original, quem deu vida ao personagem foi Daniel Filho.
Embora o martelo não tenha sido batido e haja outras opções, a tendência do momento é que Raquel seja vivida por uma atriz negra. Além disso, José Luiz Villamarim defende que a personagem seja envelhecida, o que abriria o leque para um papel tão importante.
Taís Araújo a nova Raquel em Vale Tudo?
Em 1988, quando Vale Tudo foi ao ar, Regina Duarte tinha 41 anos, a idade aproximada de sua mocinha. Dessa vez, a tendência é que Raquel tenha mais de 45 e esteja próxima da faixa dos 50. Isso porque, a personagem é uma "senhora" e não uma "jovem mãe" e atualmente mulheres com 40 anos são vistas ainda como jovens.
Se essa decisão for seguida à risca, a possibilidade de Taís Araújo ser convidada para viver a protagonista da história cresce. Nos bastidores da Globo acredita-se que uma atriz deste quilate daria credibilidade para a história e não deixaria nada a desejar para a primeira intérprete. Mesmo assim, Villamarim deixa claro que deixará a escolha para o momento oportuno e que não deverá tomar nenhuma decisão precipitada.
O único fato confirmado por fontes ouvidas pela reportagem é que não há hipótese de não haver negros em papéis de destaque e que, neste momento, Raquel Aciolli foi a escolhida. É esperar para ver.