Reprise

De volta no Viva, O Beijo do Vampiro teve baixa audiência creditada ao Diabo

Antonio Calmon não conseguiu repetir o sucesso de Vamp


Tarcísio Meira, Cláudia Raia e Kayky Brito caracterizados em cena de O Beijo do Vampiro
Tarcísio Meira, Cláudia Raia e Kayky Brito em cena de O Beijo do Vampiro - Reprodução/TV Globo

A partir desta segunda-feira (28), O Beijo do Vampiro (2002-2003) está de volta no Canal Viva. Com a novela, Antonio Calmon retomou a temática dos vampiros 11 anos após o sucesso de Vamp (1991). Porém, diferentemente da trama protagonizada por Cláudia Ohana, o folhetim não alcançou índices satisfatórios.

Em depoimento ao livro Autores, Histórias da Teledramaturgia, o escritor da novela citou alguns dos motivos aos quais ele credita o baixo ibope da trama. "Não tive uma grande audiência. Parte porque estreei durante o horário político, logo substituído pelo horário de verão, e finalmente pelo carnaval. Isso baixa qualquer audiência. Mas também o tema vampirismo desagrada a uma parcela de donas de casa que acha fantasioso ou é fundamentalista, acreditando que o diabo se manifesta em seus lares no momento em que se liga a TV para ver minha novela", disse Calmon.

Cercada de elementos sobrenaturais, no século XII, a novela mostra Bóris (Tarcísio Meira) obecado pela amada, a princesa Cecília (Flávia Alessandra), que preferiu tirar a própria vida do que se entregar ao vampiro. Já nos anos 2000 e com o nome de Lívia, a mocinha é casada com Beto (Thiago Lacerda) e mãe de Tetê (Renata Nascimento), Juninho (Guilherme Vieira) e Zeca (Kayky Brito). Esse último não é filho do casal, sendo fruto de um relacionamento entre o vampirão e uma amante. Assim que o menino nasceu, ainda na maternidade, Bóris o colocou no lugar do verdadeiro bebê de Lívia para protegê-lo do ciúme de sua mulher, Mina (Cláudia Raia).

Zeca não tem ideia de seu parentesco com o personagem de Tarcísio Meira (1935-2021), mas sempre apresentou sintomas estranhos, como aversão a água benta, crucifixos e alho. Através de sonhos, o Bóris revela a ele sua origem. Quando se vê prestes a completar 13 anos, idade na qual se tornará vampiro, o adolescente fica dividido entre os instintos herdados de seu verdadeiro pai e os valores transmitidos pela família que o criou.

Além de todas as armações que arquiteta para tentar conquistar Lívia, Bóris é movido por uma outra questão. Segundo o Código dos Vampiros, se ele não tiver um herdeiro que possa dominar e incorporar, deixará de ser um vampiro de primeiro escalão. Vem daí o interesse em tomar posse do filho Zeca. Só que ele precisa se esforçar para conquistar o garoto, pois uma das condições para que encarne no filho é que Zeca o ame como a um pai.

Com vampiros politicamente corretos, O Beijo do Vampiro incentivou doação de sangue

Na novela de Antonio Calmon, além de bem-humorado, o nucléo de vampiros é moderno e "politicamente correto". Os personagens usam protetor solar especial e cremes contra queimaduras de água benta, bebem sangue importado da Suíça e não mordem crianças, idosos ou gestantes.

A novela fez uma campanha de doação de sangue, incentivada por vários moradores de Maramores, cidade fictícia onde se passava a história. Na trama, a ação foi implantada por Bárbara (Michelle Martins), membro da ONG Doadores Internacionais, e por Carlos (Sérgio Menezes), médico local. Também houve uma campanha de incentivo à leitura e combate à dengue.

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