Oscar Magrini comemora 30 anos de carreira em Gênesis: "Lisonjeado"
Veterano faz sua estreia em novelas bíblicas vivendo Noé na nova superprodução da Record
Publicado em 13/01/2021 às 05:53
Oscar Magrini volta às novelas como Noé em Gênesis, superprodução da Record que estreia na próxima terça-feira, 19 de janeiro. Será o primeiro trabalho do ator de 59 anos em uma trama bíblica. Cristão, ele encara a experiência não apenas como um desafio, mas também como uma celebração de suas três décadas de carreira.
"Conheço a bíblia e fiquei muito lisonjeado e orgulhoso com o convite, que partiu do diretor geral da novela, Edgard Miranda. Ele conhece meu trabalho há muitos anos e acreditou que eu faria bem o Noé. Estou coroando meus 30 anos de carreira com esse personagem maravilhoso", comenta Oscar Magrini em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
As gravações do ator, com locações em Ponta Grossa (PR) e Cambará do Sul (RS), começaram em outubro de 2019 e chegaram ao fim em março de 2020, antes da pandemia do coronavírus. As filmagens das outras fases da trama só foram retomadas em outubro. "Gravamos em canyons fantásticos de 1.200 metros, de onde virá o dilúvio. Os efeitos especiais estão maravilhosos", garante.
"Noé foi tido como louco porque falava com Deus, tinha fé e era perseverante", comenta Oscar Magrini
Oscar Magrini filmou Gênesis no sul do país, há cerca de um ano - Foto: Divugação/Edu Moraes
Não à toa, a trajetória de Noé segue rendendo adaptações na TV e no cinema - como o blockbuster de Darren Aronofsky lançado em 2014, com Russel Crowe no papel principal. Para Oscar Magrini, a história bíblica tem muito a ensinar ao público de 2021, especialmente neste contexto de pandemia. "Noé foi um homem justo, na contramão da vida e da sua época. Foi tido como louco pelos outros porque falava com Deus, tinha fé e era perseverante", avalia o ator.
"Deus não se arrependeu da criação do homem, mas se entristeceu, vendo que ele se tornou tudo de ruim, pecaminoso, e decidiu acabar com a humanidade, deixando para Noé, sua esposa, filhos e noras continuar a humanidade, além de um casal de animais de cada espécie", explica Magrini.
Com mais de 250 atores, investimento em aspectos técnicos de produção e divisão da trama em várias fases, Gênesis contará a história da criação do mundo desde Adão e Eva, passando pelo grande dilúvio, a Torre de Babel, a jornada de Abraão e o período de escravidão dos hebreus no Egito. Na fase jovem, Noé será vivido por Bruno Guedes. O elenco traz ainda Zé Carlos Machado, Cássia Linhares, Juliana Boller, Carlo Porto, entre outros.
Após polêmica no ano passado, Oscar Magrini decidiu: "Não faço mais essas lives"
Fala de Oscar Magrini em live com Maria Zilda teve grande repercussão - Foto: Reprodução
Em novembro, Oscar Magrini se meteu em uma polêmica após live no Instagram com a atriz Maria Zilda. Comentando os bastidores da TV, o ator revelou que, no início da carreira, a veterana Cleyde Yáconis (1923-2013) o alertou sobre "o quarto do c* e do pó", uma espécie de "teste do sofá", em que os novatos precisariam se submeter a sexo e uso de drogas.
"Fui ingênuo ao fazer um comentário, deveria ter mudado de assunto. Como a internet é terra de ninguém, muitos se aproveitam para fazer fofocas, sem pensar se estão ferrando ou não com os profissionais. É como você falar só uma parte de um versículo da bíblia... Não! Você tem que ler todo o contexto, todo o versículo, não a metade, se não dará um outro entendimento. Foi o que aconteceu, deixa para lá...", diz.
Em meio à pandemia, muitos famosos ampliaram sua presença nas redes sociais, buscando manter o contato com a audiência mesmo longe dos palcos, da telona e da televisão. Magrini acredita que o meio virtual pode tanto aproximar quanto distanciar os artistas do público. "Depende do artista e do público. Não faço mais essas lives. Não acrescentam em nada", crava.
No fim do ano passado, ele conseguiu retomar, com restrições, a peça Gatão de Meia Idade, em que contracena com Leona Cavalli. Entre setembro e outubro, filmou Odradek, longa de Guilherme de Almeida Prado. "Seguimos todos os protocolos durante as gravações: toda semana, um teste de Covid-19, máscaras de proteção… Um saco, para falar a verdade", desabafa Magrini.
"Apresentei minha peça em duas cidades só com a metade das casas, respeitando o distanciamento. Nós precisamos de público, mas é como tem que ser. Nossa classe foi a mais prejudicada com a pandemia, no teatro, no cinema e na televisão. E nossos políticos sabem disso", lamenta o ator.