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A volta de Mulheres Apaixonadas: Violência doméstica, ousadia e polêmicas

O universo feminino e sua complexidade pelo olhar de Manoel Carlos


Maria Padilha, Christiane Torloni e Giulia Gam
O trio de irmãs de Mulheres Apaixonadas - Reprodução/TV Globo

Estreia na próxima segunda-feira (24), no canal Viva, Mulheres Apaixonadas. Escrita por Manoel Carlos em 2003, a novela marcou altos índices de audiência durante o período em que esteve no ar e até hoje é considerada uma das melhores já exibidas na telinha.

Assim como todas as obras assinadas pelo autor, a trama tinha Helena como protagonista. Interpretada pela bela Christiane Torloni, a personagem era casada há 15 anos com Téo (Tony Ramos). Mãe de Lucas (Victor Cugula), ela se dividia entre a família e a Escola Ribeiro Alves (ERA), onde exercia a função de diretora.

Um dia, a personagem se cansa do marasmo em que sua vida sentimental se transformou e decide colocar um ponto final em seu casamento, acreditando ser possível viver um novo amor depois dos 40 anos.

Apesar de não aceitar a separação, Téo concorda em dar um tempo na relação na esperança de que sua mulher reflita e volte atrás de sua decisão. Na verdade, o músico esconde um grande segredo e teme que ela descubra.

A volta de Mulheres Apaixonadas: Violência doméstica, ousadia e polêmicas

No passado, ele teve um caso com uma garota de programa chamada Fernanda (Wanessa Gerbelli) e desta relação nasceu Lucas, o menino que cria ao lado de Helena como se fosse adotado.

A ex-amante ainda é mãe de Salete (Bruna Marquezine), uma menina apaixonada por Téo antes mesmo de saber que ele é seu pai. A verdade só virá na reta final da novela. Com a morte de Fernanda é que Helena descobre que Téo é o pai biológico de Lucas e Salete.

Em meio a tantos conflitos, para complicar ainda, um ex-amor surge na vida de Helena. César (José Mayer), neurocirurgião famoso que trabalha na mesma clínica em que Luciana (Camila Pitanga), sua enteada, e estagiária.

O médico é amante de sua assistente, Laura (Carolina Kasting) e se envolve também com Luciana, mas assim que reencontra Helena, que o trocou no passado por Téo, a chama da paixão reascende e os dois protagonizam um relacionamento às escuras, que só se resolverá no final da trama. 

A história mais ousada de Maneco

A volta de Mulheres Apaixonadas: Violência doméstica, ousadia e polêmicas

Para um autor conhecido por abordar histórias do cotidiano, Manoel Carlos conseguiu ir além em Mulheres Apaixonadas. Tanto que não seria exagero afirmar que o folhetim é o mais ousado escrito por ele. Relacionamentos entre primos, alcoolismo, violência doméstica, relação lésbica na adolescência e preconceito foram apenas alguns dos temas que fizeram da novela um sucesso estrondoso, marcando média de 46 pontos no Ibope com picos de 50.

Um dos pontos altos da trama reprisada pela primeira vez em 2008 na Globo, e com média de 18 pontos no Ibope. era a cumplicidade entre Helena e as irmãs, Hilda (Maria Padilha) e Heloísa (Giulia Gam), que ressaltava o peso dos laços familiares.

Já entre os destaques temos a personagem Doris (Regiane Alves), jovem que maltratava os avós. A cena em que ela leva uma surra do pai marcou história, sendo uma das mais aplaudidas de todos os tempos.

A volta de Mulheres Apaixonadas: Violência doméstica, ousadia e polêmicas

No elenco masculino, o então estreante na TV Dan Stulbach como Marcos, um homem ciumento que batia na mulher, Raquel (Helena Ranaldi), com uma raquete de tênis, ao som de música clássica.

A psicopatia da personagem de Stulbach era bem parecida com a retratada em Martin Burney (Patrick Bergin), marido de Sara (Julia Roberts) no filme Dormindo com o Inimigo (1991). Mera coincidência? Isso só o Maneco pode responder.

MADA

A novela trouxe ao conhecimento do público o MADA - Mulheres que Amam Demais Anônimas, grupo até então desconhecido que ajuda mulheres que chegam ao extremo por conta de uma paixão, como era o caso da Heloísa. A paixão doentia da personagem por Sérgio (Marcello Antony) fez a irmã de Helena chegar ao extremo de picotar as roupas do marido e atentar contra a vida dele e a dela também.

A volta de Mulheres Apaixonadas: Violência doméstica, ousadia e polêmicas

Abertura

A novela apresentou 15 aberturas diferentes, com fotos enviadas pelos telespectadores em diferentes tons de azul, com destaque para as mulheres enquanto que os homens aparecem desfocados.

Inicialmente, a abertura seria trocada a cada quatro semanas. No entanto, a ideia fez tanto sucesso que passou a ser a cada duas semanas, tendo na última semana de exibição da trama uma abertura diferente da anterior. Para a reprise no Viva, o canal repete a ação com imagens inéditas.

Ibope

Mulheres Apaixonadas estreou com média de 45 pontos e picos de 50. O último capítulos marcou média de 59 pontos, o mesmo índice que Laços de Família, outra novela escrita pelo autor e que estreia no Vale A Pena Ver de Novo em setembro. 

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