De América a Alma Gêmea: Cinco novelas que não vão para o Globoplay
Plataforma de streaming adicionará 50 produções nas próximas semanas em seu catálogo
Publicado em 26/05/2020 às 12:09
O Globoplay lançou A Favorita (2008) na última segunda-feira (25) e adicionará uma trama de sucesso a cada duas semanas no catálogo. Mas apenas produções que passaram no Viva vão fazer parte da plataforma de streaming, o que deixará neste primeiro momento alguns enredos de prestígio de fora.
O NaTelinha listou cinco novelas que se tornaram icônicas e o público terá que aguardar para poder rever no Globoplay.
Confira:
Pecado Capital (1975)
Considerada por muitos especialistas a melhor novela de Janete Clair, Pecado Capital é um dos maiores sucessos da dramaturgia nacional, tanto que ganhou um remake escrito por Glória Perez em 1998, mas sem o mesmo prestígio e audiência.
A história gira em torno de Carlão (Francisco Cuoco) que é um motorista de táxi que vive um drama de consciência depois que assaltantes de banco em fuga esquecem em seu carro uma mala com o dinheiro roubado. A partir daquele momento, ele pensa se deve entregar o dinheiro à polícia ou usar para resolver os seus problemas.
“Com a expectativa que Roque Santeiro criou, a responsabilidade de escrever sua substituta era muito grande. Mudei meu gênero. Não fiz Pecado Capital para imitar o Dias, mas, pelo menos, para me igualar um pouco ao estilo dele. Levei meu romantismo para o lado realista. Parece que em Pecado Capital em diante eu dei uma melhorada”, relatou Janete Clair em depoimento ao Museu Imagem e Som.
Kubanacan (2003)
Obra de Carlos Lombardi, Kubanacan foi um sucesso de audiência e disputou os principais prêmios de televisão na época. O autor fez uma metáfora política, tendo como principal referência Que Rei Sou Eu? (1989), trama de Cassiano Gabus Mendes.
O país, localizado na ilha caribenha de Kubanacan em 1951, mostra a história do General Camacho (Humberto Martins) dando um golpe militar e assumindo a presidência do local, conhecido pelas suas produções de bananas. A população, cansada de tanta corrupção, apoia o golpe e torce por dias melhores.
Em Santiago, um homem chamado Esteban (Marcos Pasquim), sem memória, é resgatado por moradores. Ele se casa com Marisol (Danielle Winits) e vira pescador. Porém, a mulher foge com a filha para Kubanacan e Esteban vai atrás para procurá-la, apaixonando-se por Lola (Adriana Esteves). Só que Lola é casada com Enrico (Vladimir Brichta), um vagabundo e mulherengo de mão cheia, sendo protegido por Dolores (Nair Belo), sua sogra.
América (2005)
Retorno de Glória Perez após o sucesso de O Clone. A história contaria a trajetória de Sol (Deborah Secco), que abandona sua família para realizar o sonho de viver nos Estados Unidos e mudar a vida de todas as pessoas que ama. Ela faz vários sacrifícios para chegar ao país norte-americano.
A autora retomou sua parceria com Jayme Monjardim, mas os dois não se entenderam logo de início e o diretor deixou o projeto com um mês de exibição. A produção foi modificada, ganhando cores mais vibrantes e até recebendo uma nova abertura, o que fez a audiência crescer.
América chegou ao seu último capítulo como um grande fenômeno. Seu último capítulo deu 68 pontos de média e 71 de pico, alcançando o melhor resultado no século. A média geral acabou sendo de 49 pontos.
Alma Gêmea (2005)
A novela de maior audiência no horário das seis do século, Alma Gêmea chegou a ter índices superiores em relação a faixa das nove. O enredo tinha como base o espiritismo, onde a mocinha reencarnava para viver um grande amor com o protagonista Rafael (Eduardo Moscovis).
Tudo começa no dia do casamento de Rafael e Luna. A moça sofre um atentado, armado por Cristina (Flávia Alessandra), e morre na frente do seu grande amor. O mocinho sofre um baque e não consegue ser mais feliz, entretanto, tudo muda quando conhece Serena (Priscila Fantin), anos depois, a reencarnação de Luna.
Em sua exibição original, foi um fenômeno de Ibope, marcando média geral de 39 pontos, a maior dos anos 2000 no horário. Seu último capítulo registrou 52 pontos com picos de 56, índice de novela das 20h, tanto que bateu Belíssima, então trama do horário nobre na época.
Paraíso Tropical (2007)
Gilberto Braga havia feito o país parar para acompanhar a rivalidade de Maria Clara Diniz (Malu Mader) e Laura (Cláudia Abreu). Quatro anos depois, lançou Paraíso Tropical e mostrou ao público o embate entre dois homens: Olavo (Wagner Moura) e Daniel Bastos (Fábio Assunção).
De olho na herança de Antenor (Tony Ramos), Olavo faz as maiores crueldades para que o empresário não descubra que seu irmão, Ivan (Bruno Gagliasso), é filho dele. O vilão também tem parceria com a mau caráter Taís (Alessandra Negrini), que é morta na reta final por ele.
A trama de Gilberto Braga e Ricardo Linhares conquistou o público e Wagner Moura se tornou um fenômeno naquele ano por ser o vilão do horário das nove, mas também por ser o Capitão Nascimento de Tropa de Elite.