Relembre sucessos

Autor de novelas Carlos Lombardi completa 59 anos neste domingo


carloslombardi_49724f24715ce9cb0de5d4e35c9884047e520e0d.jpeg
Divulgação

Considerado um dos autores de maior atividade na dramaturgia entre os anos 90 e o começo dos anos 2000, Carlos Lombardi comemora seu aniversário neste domingo (27). Ele está completando 59 anos.

Lombardi está na RecordTV há cinco anos, mas neste período escreveu apenas uma novela - "Pecado Mortal", entre 2013 e 2014, com baixos índices de audiência. No entanto, independente da RecordTV ou de sua passagem pela Globo, de mais de 30 anos, seu forte sempre foi no humor e ação.

No entanto, também são de sua autoria grandes projetos na Globo, como o grande sucesso "Quatro por Quatro" (1994). Nos anos 2000, criou a fama de ser o autor dos 'descamisados', por conta de "Uga Uga" (2000) e "Kubanacan" (2003). Também tem em seu currículo a recuperação de novelas como "Coração de Estudante" (2002) e "Bang Bang" (2005) a se recuperarem no Ibope.

Sucesso de "Quatro por Quatro":

Em "Quatro por Quatro", Lombardi inovou ao colocar quatro protagonistas mulheres em uma época em que as discussões sobre feminismo ainda engatinhavam. Elizabeth Savalla, Cristiana Oliveira, Betty Lago e Letícia Spiller deram vida à Auxiliadora, Tatiana, Abigail e Babalu, respectivamente.

Autor de novelas Carlos Lombardi completa 59 anos neste domingo
Babalu e Raí em "Quatro por Quatro" - Divulgação/Globo

Também foi nesta novela que Letícia Spiller e Marcello Novaes, intérpretes da Babalu e Raí, se conheceram. Os dois foram casados por alguns anos e tiveram Pedro, hoje com 20 anos. O casal voltou a contracenar em "Sol Nascente" como um par romântico. Em declaração dada em outubro do ano passado, Letícia e Marcello confessaram que adorariam atuar em um remake de "Quatro por Quatro". Até hoje, os dois são reconhecidos por conta dos personagens.

Descamisados:

Uma das armas de Lombardi para conquistar audiência foi a aposta nos 'descamisados'. Galãs sem camisa foram tão recorrentes em suas produções que até hoje o autor ou determinados atores são associados a isso - como é o caso de Marcos Pasquim, em "Uga Uga" e "Kubanacan" e Claudio Heinrich, protagonista de "Uga Uga".

Autor de novelas Carlos Lombardi completa 59 anos neste domingo
Claudio Heinrich era o protagonista de "Uga Uga"  - Divulgação/Globo

 Humberto Martins foi outro do time dos 'descamisados'. Ele e Marcello Novaes fizeram várias cenas sem camisa em "Vira Lata" (1996). Humberto, inclusive, também atuou em "Quatro por Quatro" e "Uga Uga". Ele, no entanto, preferiu deixar de lado esse perfil após uma reflexão: "Quando fazia personagens que deixavam o corpo muito em evidência e vi que esse não seria um plano de carreira quando tivesse mais idade, eu me boicotei", disse ao Ego em 2016.

Em "Pecado Mortal", Lombardi também apostou em diversas cenas de homens sem camisa. Fernando Pavão, Victor Hugo, Marcos Pitombo e Felipe Cardoso foram alguns dos que mais apareceram descamisados.

Recuperação:

Carlos Lombardi também era um dos primeiros nomes que vinha à cabeça dos diretores da Globo para recuperar novelas com baixa audiência.

Em "Coração de Estudante", de Emanuel Jacobina, Lombardi foi escalado para salvá-la três meses após sua estreia. "Entrei, me meti e saí", declarou anos após a produção. Especialista em comédia, o autor aumentou a dosagem cômica da produção - ele deu mais espaço ao atrapalhado Nélio (Vladimir Brichta) e ao promotor Pedro Guerra (Bruno Garcia).

Autor de novelas Carlos Lombardi completa 59 anos neste domingo
Nélio e Amelinha em "Coração de Estudante" - Reprodução/Globo

 Com as mudanças, a audiência subiu e Emanuel tocou a autoria até o seu desfecho. Destaca-se o fato também do sucesso do par romântico feito por Vladimir e Adriana Esteves, então vilã Amelinha, que se conheceram na produção e que algum tempo depois engataram um namoro. Hoje os dois são casados.

"Bang Bang" (2005) foi outra novela que foi chamado para salvar. O romance escrito por Mário Prata não agradou e se viu ameaçada pelo crescimento de "Prova de Amor", da RecordTV - que tinha em sua produção vários de seus amigos e colegas mais próximos, como o autor Tiago Santiago (que foi seu colaborador na Globo), o diretor Alexandre Avancini (que dirigiu praticamente todas suas novelas na emissora carioca), e atores como Claudio Heinrich, André Mattos e Pedro Malta.

"Foi um engano. Seria uma ótima sitcom", disse Lombardi sobre a trama, que era considerada confusa e com personagens de nomes difíceis. "Quem sabia falar Bullock?", questionou anos depois. Lombardi considera que sua função na época foi a de 'bombeiro'. "Fiz essa parte, a novela parou de cair e começou a subir. Nada espetacular, mas o suficiente para manter o primeiro lugar", pontuou. O capítulo final teve 34 pontos de média com picos de 39, 9 a mais que os 25 que vinha oscilando antes da saída de Mário Prata.

Próximos passos:

Carlos Lombardi estava às voltas com a série da banda "Mamonas Assassinas", cujos integrantes faleceram em 1996 após um acidente aéreo. Mesmo com elenco escalado, sinopse aprovada e até mesmo uma divulgação feita à imprensa, o projeto não avançou. Hove problemas com a liberação dos fundos da Ancine e não houve entendimento entre o autor e as famílias dos integrantes da banda.

Lombardi teria apresentado uma sinopse de novela à RecordTV, mas pouco tem se falado sobre o assunto. Sabe-se que a substituta de "Belaventura" será de Cristianne Fridman e, após "O Rico e Lázaro", virá "Apocalipse", de Vivian de Oliveira, e na sequência uma nova trama de Paula Richard. O autor já fez projetos de séries para a emissora, mas também houve poucos avanços sobre a demanda.

Mais Notícias

Enviar notícia por e-mail


Compartilhe com um amigo


Reportar erro


Descreva o problema encontrado