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Profissionais apontam semelhanças e diferenças entre o rádio e a televisão

NaTelinha entrevista jornalistas esportivos que surgiram no rádio e agora estão na TV


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Fotos: Divulgação
Nascido no Brasil em 1922, 28 anos antes da inauguração da televisão, o rádio ainda é um meio de comunicação extremamente utilizado pelos brasileiros.
 
Para quem achou que ele seria extinto, se enganou. Em 2014, o Ibope realizou uma pesquisa na Grande São Paulo sobre a audiência do rádio e da TV, e uma surpresa: o primeiro, na faixa da manhã, das 6h às 12h, teve 1,815 mlhão de ouvintes por minuto, contra 886 mil telespectadores das maiores emissoras abertas, como Globo, SBT e RecordTV. Somadas. 
 
Na era do smartphone, do tablet, do celular e da TV digital, a pesquisa mostra que o rádio ainda alcança suas ondas. 
 
Os dois veículos estão interligados. Muitos profissionais do rádio brilham na televisão. No ramo esportivo, então, nem se fala.
 
NaTelinha, pensando nisso, entrevistou Benjamin Back, Osvaldo Pascoal e João Antônio de Carvalho, do canal Fox Sports, que são oriundos do rádio. Falamos também com a fonoaudióloga da emissora, Vanessa Pedrosa, para tentar descobrir quais são as maiores dificuldades desses profissionais quando vão para um veículo que prima tanto pela imagem.
 
 
Há 17 anos no rádio, Benjamin Back destaca que esse meio de comunicação lhe ajudou e muito na TV, principalmente no que diz respeito ao improviso.
 
Back aponta as principais semelhantes entre ambos: "O bom humor, a espontaneidade, os cacos, e tentar por vezes resolver algumu tipo de problema de forma rápida".
 
Para Pascoal, o sentido de apuração da notícia, além da sede por buscar informações, se assemelham. Para João Antônio de Carvalho, no esporte não existe uma diferença muito grande. "Apenas a preocupação com a imagem que não existe no rádio, mas hoje a linguagem das duas é muito parecida", destaca.
 
Glamour?
 
 
O glamour da TV espanta alguns, e fazem outros se desestabilizarem. A repercussão em ter sua imagem transmitida para milhões de pessoas alcança outro patamar.
 
Pascoal minimiza: "O rádio também é um veículo que te dá reconhecimento se for feito um bom trabalho". 
 
Para Benja, a TV, de fato, dá mais visibilidade e dinheiro, mas ele ressalta outra questão: "No rádio, as pessoas esquecem um erro em dois dias, na TV o erro fica para sempre".
 
O apresentador do "Fox Sports Rádio", questionado sobre qual plataforma escolheria, independemente do dinheiro, respondeu: "São duas coisas bem diferentes, o rádio é mais fácil de fazer, enquanto a TV te exige muito mais e as cobranças também são bem maiores! Mas financeiramente o rádio é incomparável a TV, por isso que a maioria dos grandes nomes do rádio trabalha na TV! O rádio é paixão...".
 
O comentarista Osvaldo Pascoal é mais diplomático: "Escolho os dois. São veículos que se complementam e tem suas características". 
 
Assim como o colega, João não tem preferência: "Iria para aquele que tivesse o melhor projeto e a melhor condição de trabalho". 
 
De acordo com Vanessa Pedrosa, fonoaudióloga da Fox Sports, de maneira geral, os profissionais do rádio conseguem uma boa aceitação quando migram para a televisão.
 
"Na minha experiência, percebo que a maior dificuldade dos profissionais do rádio está em acrescentar na comunicação o controle das questões visuais, ou seja, como organizar o coro para se comunicar na televisão. Quando eles fazem migração do rádio para a TV, geralmente procuram o atendimento de fono para desenvolver essas habilidades de leitura de texto e TP e melhorar a expressividade do corpo durante a fala", relata Vanessa.
 
Questionado sobre qual característica teve que adquirir ou evoluir para entrar na TV, João reitera o que foi dito pela fono da Fox: "A postural corporal é muito importante em TV e requer mais trenamento e concentração. É o que mais tive de trabalhar".
 
Para Pascoal, sua maior evolução foi entender o veículo: "Saber o que fazer na hora de um programa, transmissão e também os perfis dos programas". 
 
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